Corrigindo / comentando sobre o TREINO ORTOGRÁFICO (emprego das terminações ESA e EZA).
Que bom que todos que se manifestaram sobre a
questão ontem deixada (sobre o emprego de ESA e EZA) acertaram a
resposta (estas são, pela ordem, as palavras com grafia correta : moleza, princesa, proeza, Veneza, despesa, freguesa, duquesa, fineza
e redondeza).
A regra de emprego destas duas terminações foi
aplicada QUASE que totalmente. Vejamos :
a) As palavras moleza, fineza e redondeza foram grafadas com EZA,
por serem substantivos derivados dos correspondentes adjetivos :
moleza - vem de mole; fineza - vem de fino; redondeza - vem de re-
dondo.
b) As palavras princesa, duquesa e freguesa foram grafadas com ESA
por representarem a forma feminina dos correspondentes substantivos:
princesa - feminino de príncipe; duquesa - feminino de duque; freguesa - feminino de freguês;
b-1 - A palavra despesa foi grafada com ESA por não ser nem forma
feminina do (suposto) correspondente substantivo, como tam-
bém por não ser substantivo derivado de adjetivo.
Observe que, nas relações de palavras das le-
tras "a" e "b" acima não estão inclusas as palavras PROEZA e VENEZA.
E, em verdade, foi para questionar a grafia pa-
ra estas duas palavras (com EZA) que "inocentemente" deixamos a
atividade ortográfica.
O nosso QUESTIONAMENTO GRAMATICAL é es-
te :
Baseado em qual fundamento gramatical estas
duas palavras são grafadas com EZA e não (como, para nós, deveria
ser) com ESA ?
É provável que alguns até possam argumentar
que tal grafia para estas palavras decorre da sua origem (uma francesa
e outra italiana). Mas, para nós, isso não seria tão convincente assim.
Observe que o nome BRASIL (com /s/), quando escrito em Inglês, apresenta-se como BRAZIL (com /z/). Por que também não podemos
escrever VENESA (que parece ser VENICE em Italiano) com S, para
reafirmar a nossa regra ortográfica brasileira ? Só o Brasil é que tem que
se curvar linguisticamente, é ?
Um bom-dia a todos.