1- Fui bastante surpreendido quando estimados representantes do mundo gramatical, abandonando a realidade abstrata em que vivem, decidiram fazer um inusitado protesto.
Eles reclamam que eu não publico um texto na categoria “Gramática e Ortografia” há quase três meses (4 de junho havia sido a última vez).
Parece ficção, mas aconteceu.
Recebi um e-mail contendo uma carta e a foto destacada acima.
2- Vou tentar resumir o que a extensa carta dizia.
O verbo revelou que meu desinteresse o faz chorar, desanimar, entristecer, perder a alegria e tombar nos caminhos da amargura.
O herói das ações afirmou que pretende, a partir desse instante, desdenhar nossa relação e buscar novas pessoas as quais saibam valorizar uma preciosa amizade.
3- Como um professor de Português pode demorar tanto tempo sem criar um texto gramatical?
Indagou ambos, o único numeral que aceitou falar comigo.
Todos os artigos me ofereceram um indefinido silêncio.
O advérbio garantiu que, quanto à possibilidade de conversar comigo, a resposta é não, nunca e jamais.
A interjeição enviou um monte de palavrões os quais não divulgarei.
4- E os pronomes? Esses disseram que eu serei obrigado a esquecer nós, pois eles não gostam mais de mim.
A conjunção prometeu me ignorar e exigiu que eu ficasse distante.
A preposição fez questão de intitular a carta: “Gramática sem Ilmar”
Se algum dia eu tiver um filho, ele não terá nome, pois o substantivo jurou não me ajudar a nomear o meu descendente.
O adjetivo, bastante chateado, me ofendeu dizendo que eu sou um babaca, imbecil, otário e outras palavras deselegantes.
5- Nessa carta não só a turma da Morfologia reclamou.
O pessoal da Sintaxe também está P comigo.
O aposto e vocativo disseram que estão desempregados.
O objeto direto apresentou várias indiretas e o objeto indireto foi direto ao assunto, afirmando que eu mereço apanhar.
6- Objetivando acalmar os ânimos, enviei a seguinte carta-resposta:
Eles reclamam que eu não publico um texto na categoria “Gramática e Ortografia” há quase três meses (4 de junho havia sido a última vez).
Parece ficção, mas aconteceu.
Recebi um e-mail contendo uma carta e a foto destacada acima.
2- Vou tentar resumir o que a extensa carta dizia.
O verbo revelou que meu desinteresse o faz chorar, desanimar, entristecer, perder a alegria e tombar nos caminhos da amargura.
O herói das ações afirmou que pretende, a partir desse instante, desdenhar nossa relação e buscar novas pessoas as quais saibam valorizar uma preciosa amizade.
3- Como um professor de Português pode demorar tanto tempo sem criar um texto gramatical?
Indagou ambos, o único numeral que aceitou falar comigo.
Todos os artigos me ofereceram um indefinido silêncio.
O advérbio garantiu que, quanto à possibilidade de conversar comigo, a resposta é não, nunca e jamais.
A interjeição enviou um monte de palavrões os quais não divulgarei.
4- E os pronomes? Esses disseram que eu serei obrigado a esquecer nós, pois eles não gostam mais de mim.
A conjunção prometeu me ignorar e exigiu que eu ficasse distante.
A preposição fez questão de intitular a carta: “Gramática sem Ilmar”
Se algum dia eu tiver um filho, ele não terá nome, pois o substantivo jurou não me ajudar a nomear o meu descendente.
O adjetivo, bastante chateado, me ofendeu dizendo que eu sou um babaca, imbecil, otário e outras palavras deselegantes.
5- Nessa carta não só a turma da Morfologia reclamou.
O pessoal da Sintaxe também está P comigo.
O aposto e vocativo disseram que estão desempregados.
O objeto direto apresentou várias indiretas e o objeto indireto foi direto ao assunto, afirmando que eu mereço apanhar.
6- Objetivando acalmar os ânimos, enviei a seguinte carta-resposta:
“Queridos amigos da Gramática,
Admito que não tenho utilizado a categoria de vocês
publicando os meus textos,
porém isso não significa
que estou desprezando os senhores.
Penso que está ocorrendo uma tremenda injustiça e precipitação.
Qualquer texto que construo
só acontece porque vocês me ajudam.
Nada eu teria realizado no Recanto sem a presença de vocês.
Para organizar as frases, quem me ajuda?
Como eu desenvolveria um simples pensamento
sem o sujeito, predicado e outras partes
que permitem formar os períodos?
O aposto e o vocativo, nos meus textos, trabalham o tempo todo.
Nunca esqueci de ninguém.
As classes gramaticais são constantes companheiras
que dormem ao meu lado.
Sem a conjunção, por exemplo,
é impossível unir as muitas orações que compõe qualquer texto.
Quantas vezes os colegas da Semântica
me impedem de repetir palavras?
E a Estilística?
As metáforas e a conotação vivem abraçadas comigo.
Enfim, basta avaliar melhor a situação
e perceber que eu não sei viver sem vocês.
Um abração!”
7- Logo após enviar essa mensagem, recebi a seguinte resposta:
“Nós decidimos te dar uma nova oportunidade,
porém não adianta conversar bonito
ou tentar enrolar a gente.
Queremos ver textos na nossa categoria.
Caso contrário,
iremos boicotar os seus textos.
Ponto final!
MGI (Movimento da Gramática sem Ilmar)”
porém não adianta conversar bonito
ou tentar enrolar a gente.
Queremos ver textos na nossa categoria.
Caso contrário,
iremos boicotar os seus textos.
Ponto final!
MGI (Movimento da Gramática sem Ilmar)”
8- Depois de controlar a situação, eu decidi imediatamente incluir esse texto na categoria “Gramática e Ortografia”.
Outros precisam nascer!
Se não fizer, corro o risco de não ter o que publicar.
Não adianta nada ter as idéias e a boa vontade se todos os “amigos” gramaticais dificultarem a pontuação, a ortografia ou a harmonia das palavras na hora de produzir o texto.
Já imaginaram se as figuras de linguagem ficarem de mal comigo?
9- Aprendi a lição e seguirei o lema Gramaticar já!
Se Ilmar não vai à Gramática,
a Gramática vem até Ilmar
a Gramática vem até Ilmar
Papagaio come milho, periquito leva fama
Não terá nome meu filho se o substantivo reclama
Não terá nome meu filho se o substantivo reclama
Um abraço!