“A POLISSEMIA do ‘QUEBRAR’ EM SONETO”
“Quebrar” vem de ‘crepare’: fragmentar, virar pedaços.
‘Quebra-cabeça’ se torna, se preocupa ou complica;
Como obstáculo, ‘quebra-molas’, na estrada se aplica,
E a barreira natural, ancoradouro, ‘quebra-mar’ é o espaço.
‘Quebra-pedra’ é o chá que expulsa o cálculo renal.
Nas festas o ‘quebra-pote’ só se faz de olhos vendados.
Quando o abraço é muito forte, ‘quebra-costela’ é chamado,
Mas se é desordeiro ou bravo, o ‘quebra-freio’ é um animal.
O ‘quebra-luz’ é necessário à excessiva claridade,
Porém se torna um ‘quebra-quebra’ se atrapalha uma visão,
E para adoçar a contenda, um ‘quebra-queixo’ a mão.
Em dias tempestivos, o ‘quebra-vento’ tem sua utilidade.
Pior mesmo é o ‘quebra-pau’ contra um grupo desmiolado
Ao ser flagrado com ‘quebra-urnas’ violando um campo sagrado.
(ARO. 2013)
“Quebrar” vem de ‘crepare’: fragmentar, virar pedaços.
‘Quebra-cabeça’ se torna, se preocupa ou complica;
Como obstáculo, ‘quebra-molas’, na estrada se aplica,
E a barreira natural, ancoradouro, ‘quebra-mar’ é o espaço.
‘Quebra-pedra’ é o chá que expulsa o cálculo renal.
Nas festas o ‘quebra-pote’ só se faz de olhos vendados.
Quando o abraço é muito forte, ‘quebra-costela’ é chamado,
Mas se é desordeiro ou bravo, o ‘quebra-freio’ é um animal.
O ‘quebra-luz’ é necessário à excessiva claridade,
Porém se torna um ‘quebra-quebra’ se atrapalha uma visão,
E para adoçar a contenda, um ‘quebra-queixo’ a mão.
Em dias tempestivos, o ‘quebra-vento’ tem sua utilidade.
Pior mesmo é o ‘quebra-pau’ contra um grupo desmiolado
Ao ser flagrado com ‘quebra-urnas’ violando um campo sagrado.
(ARO. 2013)