“BASTO EU”, É POSSÍVEL?
Sobre esse delicadíssimo assunto de concordância verbal, reportamo-nos aos sábios ensinamentos do grande filólogo pátrio VITTÓRIO BERGO, para quem:
“É interessante notar como se generalizou o solecismo ‘basto eu’, com flagrante desrespeito aos mais comezinhos princípios de concordância verbal. Não é demais citemos aqui dois lanços expressivos que induzem à correção: “Não quero ser o seu Mefistófeles: para precito ‘basto eu’.” (AH, Cartas, 129); “Adriano respondeu: — “Eu basto’ para ter compaixão de mim; que, na verdade, porque o tenho de minha alma, por isso se me não dá de perecer, pois em padecer agrado a meu Deus.” (MB, Várias histórias, 90).” (Erros e Dúvidas de Linguagem, Livraria Francisco Alves Editora S.A., 7ª ed., 1998, p. 68).
Para reflexão: “Ter razão é tão perigoso que muitas pessoas acham melhor não ter nenhuma.” — Carlos Drummond de Andrade