1- O uso da vírgula é muito importante na hora de entender uma frase.
Tentando demonstrar isso, vou utilizar frases que não são inéditas.
É bastante provável que vocês já tenham observado essas frases na net ou já tenham escutado alguém dizendo tais frases.
2- Mãe, só tem uma.
Mãe só tem uma.
* A primeira frase precisa ser contextualizada, ou seja, é necessário imaginar a situação que envolve a frase.
Podemos supor que a mãe pediu ao filho o seguinte favor:
Filho, você verifica se tem alguma coca-cola na geladeira?
O filho gentil verificou e respondeu:
Mãe, só tem uma.
Notem que alguém está falando com a mãe.
O filho está conversando com a mãe.
Felizmente ela está viva.
Não é aconselhável dialogar com os mortos.
* Na segunda frase ocorre a afirmação de que só existe uma mãe.
Estamos falando sobre a mãe.
Não podemos garantir que a mãe está viva.
As frases apresentam as mesmas palavras.
A única diferença foi a existência da vírgula na primeira frase.
Legal!
3- Há uma frase bem curiosa que muda a compreensão dependendo de quem a pronuncia.
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura!
É necessário colocar uma vírgula na frase.
Há duas possibilidades:
* Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria de quatro à sua procura!
* Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria de quatro à sua procura!
A primeira frase, colocando a vírgula depois da palavra mulher, diz que o homem, caso soubesse o real valor da mulher, viveria submisso, paparicando a mulher.
A segunda frase, colocando a vírgula depois do verbo tem, afirma que o homem, caso conhecesse o valor dele, faria a mulher viver submissa, paparicando o homem.
Sem julgar o mérito das frases, percebam que a vírgula modifica completamente a compreensão do que está sendo dito.
Bacana!
4- Quanto ao uso da vírgula, eu darei algumas dicas básicas.
Se a frase segue a ordem natural, devemos esquecer a vírgula.
O que eu estou considerando ordem natural?
Quando primeiro eu escrevo quem pratica a ação, depois revelo a ação e finalizo dizendo o momento da ação.
Exemplo: A bela morena acordou muito cedo.
Quem acordou? A bela morena (quem pratica a ação)
O que ela fez? acordou (revelo a ação)
Quando? muito cedo (o momento da ação)
Nesse caso eu garanto que não há vírgula.
Saindo da “ordem natural”, eu poderia dizer:
Muito cedo, a bela morena acordou.
A terceira parte, o momento da ação, muito cedo, mudou de posição, sofreu um deslocamento.
Nesse caso é possível usar a vírgula.
Também é possível escrever Muito cedo a bela morena acordou.
Não usei a vírgula, mas a compreensão da frase permaneceu tranqüila.
Imaginemos agora a seguinte frase:
A bela morena acordou no instante em que o galo começava a preparar o seu habitual canto.
A frase segue a ordem natural, não existe vírgula.
Quem acordou? A bela morena (quem pratica a ação)
O que ela fez? acordou (revelo a ação)
Quando? no instante em que o galo começava a preparar o seu habitual canto (o momento da ação)
Se eu escrevesse No instante em que o galo começava a preparar o seu habitual canto, a bela morena acordou, a vírgula deve aparecer, pois a parte deslocada é comprida.
A terceira parte, no instante em que o galo começava a preparar o seu habitual canto, mudou de posição, sofreu um deslocamento.
Tentando demonstrar isso, vou utilizar frases que não são inéditas.
É bastante provável que vocês já tenham observado essas frases na net ou já tenham escutado alguém dizendo tais frases.
2- Mãe, só tem uma.
Mãe só tem uma.
* A primeira frase precisa ser contextualizada, ou seja, é necessário imaginar a situação que envolve a frase.
Podemos supor que a mãe pediu ao filho o seguinte favor:
Filho, você verifica se tem alguma coca-cola na geladeira?
O filho gentil verificou e respondeu:
Mãe, só tem uma.
Notem que alguém está falando com a mãe.
O filho está conversando com a mãe.
Felizmente ela está viva.
Não é aconselhável dialogar com os mortos.
* Na segunda frase ocorre a afirmação de que só existe uma mãe.
Estamos falando sobre a mãe.
Não podemos garantir que a mãe está viva.
As frases apresentam as mesmas palavras.
A única diferença foi a existência da vírgula na primeira frase.
Legal!
3- Há uma frase bem curiosa que muda a compreensão dependendo de quem a pronuncia.
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura!
É necessário colocar uma vírgula na frase.
Há duas possibilidades:
* Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria de quatro à sua procura!
* Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria de quatro à sua procura!
A primeira frase, colocando a vírgula depois da palavra mulher, diz que o homem, caso soubesse o real valor da mulher, viveria submisso, paparicando a mulher.
A segunda frase, colocando a vírgula depois do verbo tem, afirma que o homem, caso conhecesse o valor dele, faria a mulher viver submissa, paparicando o homem.
Sem julgar o mérito das frases, percebam que a vírgula modifica completamente a compreensão do que está sendo dito.
Bacana!
4- Quanto ao uso da vírgula, eu darei algumas dicas básicas.
Se a frase segue a ordem natural, devemos esquecer a vírgula.
O que eu estou considerando ordem natural?
Quando primeiro eu escrevo quem pratica a ação, depois revelo a ação e finalizo dizendo o momento da ação.
Exemplo: A bela morena acordou muito cedo.
Quem acordou? A bela morena (quem pratica a ação)
O que ela fez? acordou (revelo a ação)
Quando? muito cedo (o momento da ação)
Nesse caso eu garanto que não há vírgula.
Saindo da “ordem natural”, eu poderia dizer:
Muito cedo, a bela morena acordou.
A terceira parte, o momento da ação, muito cedo, mudou de posição, sofreu um deslocamento.
Nesse caso é possível usar a vírgula.
Também é possível escrever Muito cedo a bela morena acordou.
Não usei a vírgula, mas a compreensão da frase permaneceu tranqüila.
Imaginemos agora a seguinte frase:
A bela morena acordou no instante em que o galo começava a preparar o seu habitual canto.
A frase segue a ordem natural, não existe vírgula.
Quem acordou? A bela morena (quem pratica a ação)
O que ela fez? acordou (revelo a ação)
Quando? no instante em que o galo começava a preparar o seu habitual canto (o momento da ação)
Se eu escrevesse No instante em que o galo começava a preparar o seu habitual canto, a bela morena acordou, a vírgula deve aparecer, pois a parte deslocada é comprida.
A terceira parte, no instante em que o galo começava a preparar o seu habitual canto, mudou de posição, sofreu um deslocamento.
no instante em que o galo começava a preparar
o seu habitual canto
=
muito cedo
o seu habitual canto
=
muito cedo
As duas partes possuem o mesmo significado, mas uma dá o recado rápido (a parte curta) e a outra dá o mesmo recado mais demorado (a parte comprida).
*Se eu usar a parte curta deslocada, posso usar a vírgula ou não.
Muito cedo a morena acordou OU Muito cedo, a morena acordou
* Se eu usar a parte comprida deslocada, eu devo usar a vírgula.
No instante em que o galo começava a preparar o seu habitual canto, a morena acordou
Resumindo:
* Seguindo a ordem natural, não utilizo vírgula.
* Se uma parte curta abandona a ordem natural, é opcional a vírgula.
* Se uma parte comprida abandona a ordem natural, a utilização da vírgula é obrigatória.
5- Atenção! Essa explicação usou palavras e um modo de esclarecer o assunto o qual vocês não encontrarão nas gramáticas.
Espero que vocês tenham gostado.
Claro que não falei tudo sobre o uso das vírgulas.
Não estou numa sala de aula e não desejo tornar o assunto chato.
Apenas quis estimular a curiosidade de vocês.
6- Se eu não quisesse encerrar o texto agora, poderia dizer:
Vou parar não, quero escrever mais.
Percebam que eu coloquei a vírgula depois do não.
Eu estou dizendo Não vou parar, quero escrever mais.
Pretendendo finalizar o texto, eu colocarei a vírgula antes do não.
Vou parar, não quero escrever mais.
Um abraço!