Resposta para a questão "Será que a frase abaixo não permite algum tipo de questionamento gramatical ?"
Frase-questão :
"O famoso venha a nós é a doutrina que, lamentavelmente, te
norteia, caro amigo".
O que, no nosso entendimento, permite um questio-
namento é o "venha a nós" (sem hífen) que compõe tal frase, quando
o correto (PARA NÓS) seria "venha-a-nós" (com hífen).
O que nos leva a assim pensar é o fato de que tal
passagem (venha a nós) representa, no âmbito sintático, neste con-
texto, O NÚCLEO DO SUJEITO. E esse núcleo do sujeito é formado de três componentes :
venha, a , nós (ou seja : um núcleo do sujeito
formado por três termos).
Neste caso, entre cada um deles deve haver o hífen.
No campo morfológico, "venha a nós" (por não re-
presentar, sintaticamente, o predicado) é um SUBSTANTIVO formado
dos citados três elementos..
Entretanto, é importante destacar que a mesma
expressão ("venha a nós"), noutro contexto (como o do exemplo a seguir), aí, sim, será, sintaticamente falando, O PREDICADO da oração.
O exemplo a que nos referimos para tal classifica-
ção é o da frase-oração a seguir :
"Venha a nós o vosso reino...", (da oração "O pai nosso") onde :
venha a nós o vosso reino = predicado verbal; (lem-
brando que o predicado é o conjunto do verbo
+ o que vem depois dele (os complementos
verbais : objeto direto, indireto, etc);
venha = núcleo do predicado
verbal;
a nós = objeto indireto;
o vosso reino = objeto direto ;
reino = núcleo do obj. direto;e
o / vosso = adjs. adnominais do
objeto direto.
(Ih...)