ASSUNTOS PARA 1ª AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO E - 2013

E. E. E. M. “JULÃO BERTOLDO DE CASTRO”

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSOR: MOREIRA

TURMA: M2NR03 (2º ANO “E”)

ALUNO (A): _____________________________________________

ASSUNTOS A SEREM ESTUDADOS NESTE ANO LETIVO DE 2013

I – UNIDADE: LÍNGUA E LINGUAGEM: USO E REFLEXÃO & LITERATURA

1.1. LINGUAGEM VERBAL, NÃO-VERBAL E MISTA (aprofundamento)

1.1.1. Linguagem verbal

1.1.2. Linguagem não-verbal

1.1.3. Linguagem mista

1.2. O SUBSTANTIVO NA CONTRUÇÃO DO TEXTO (semântica e discurso)

1.3. NÍVEIS DE LINGUAGEM NAS MODALIDADES ORAL E ESCRITA (aprofundamento)

1.4. O ADJETIVO NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO (semântica e discurso)

1.5. FUNÇÕES DE LINGUAGEM (aprofundamento)

1.6. O ARTIGO E O NUMERAL NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO (semântica e discurso)

1.7. COESÃO E COERÊNCIA (a critério do professor)

1.8. PONTUAÇÃO (a critério do professor)

1.9. ACENTUAÇÃO (a critério do professor)

I – UNIDADE: LÍNGUA E LINGUAGEM: USO E REFLEXÃO & LITERATURA

1.1. LINGUAGEM VERBAL, NÃO-VERBAL E MISTA (aprofundamento)

1.1.1. Linguagem verbal

1.1.2. Linguagem não verbal

1.1.3. Linguagem mista

(Esse assunto já foi revisado em uma aula expositiva)

1.2. O SUBSTANTIVO NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO

(semântica e discurso)

(Este assunto será estudado no nosso livro didático: Português: Linguagens II, de William Roberto Cereja & Thereza Coachar Magalhães, 2º ano, que se encontra entre as páginas 20 e 28 do mesmo.)

1.3. NÍVEIS DE LINGUAGEM NAS MODALIDADES ORAL E ESCRTA

(aprofundamento)

Do ponto de vista funcional existem basicamente duas modalidades de língua ou duas línguas funcionais:

1.3.1. A língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão

É a modalidade que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário.

1.3.2. A língua funcional de modalidade popular, língua popular ou cotidiana

Essa modalidade apresenta as mais diversas gradações, tem o seu limite na gíria e no calão.

A norma culta, forma linguística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, à maneira de exemplificação:

─ Estou preocupado. (norma culta)

─ Tô preocupado. (língua popular)

─ Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)

Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; é necessário que todo falante de uma língua aprecie a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; mas, da mesma forma, é necessário que tenha pressa em conhecer a língua culta, esta para conviver.

Dentro deste nosso estudo é importante que tenhamos bem definido o conceito de gramática como o estudo das normas da língua culta.

É a partir dessas normas que podemos refletir sobre o erro linguístico. Mas o que seria de fato considerado erro em língua?

O Conceito de Erro Em Língua:

Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: "Ninguém deixou falar", não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta.

Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola.

Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene.

O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo:

“Eu não vi ela hoje.”, “Ninguém deixou ele falar.”, “Deixe eu ver isso!”, “Eu te amo, sim, mas não abuse!”, “Não assisti o filme nem vou assisti-lo.”, “Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.”

Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores.

O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram:

“Eu não a vi hoje.”, “Ninguém o deixou falar.”, “Deixe-me ver isso!”, “Eu te amo, sim, mas não abuses!”, “Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.”, “Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.”

Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgressões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa do ensino, e não o contrário.

O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poética, caracterizado por construções de rara beleza.

Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato linguístico, registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical. Como podem servir de exemplo:

Olha eu aqui! (Substituiu Olha-me aqui!), Vamos nos reunir. (Substituiu Vamo-nos reunir.), Não vamos nos dispersar. (Substituiu Não nos vamos dispersar e Não vamos dispersar-nos.), Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu Tenho de sair daqui bem depressa.) e O soldado está a postos. (Substituiu O soldado está no seu posto.)

Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não poderia ser adjetivo associado à indústria, já que não existe indústria que se pode tecer. Hoje, porém, temos não só a indústria têxtil, como também o operário têxtil, em vez de a indústria de fibra têxtil e de o operário da indústria de fibra têxtil.

As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos também de transgressões ou "erros" que se tornaram fatos linguísticos, registros de linguagem definitivamente consagrado pelo uso.

1.3.3. Os níveis de linguagem na língua escrita e na língua falada

A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada.

A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, olhares, piscadas etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções.

Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas principalmente, costuma-se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior. Decorre daí as correções, as retificações, as emendas, a que os professores sempre estão atentos.

Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as características e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade ou inferioridade, que em verdade inexiste.

Isso não implica dizer que se deva admitir tudo na língua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de dialetos, consequência natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra.

A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada, porque é a modalidade que mantém a unidade linguística de um povo, além de ser a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, se processam lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada.

Importante é que nós, enquanto educandos, percebamos que o nível da linguagem, a norma linguística, deve variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso.

O ambiente sociocultural determina o nível da linguagem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não fala com uma criança como se estivesse dizendo missa, assim como uma criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e na sala de aula.

Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, se destacam em importância o culto e o cotidiano, a que já fizemos referência.

1.3.4. A gíria

Ao contrário do que muitos pensam a gíria não constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar?

O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação, desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em calão.

Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados etc., caracterizados pela linguagem informal.

Agora, nos quadrinhos abaixo, construa duas histórias dialogadas, utilizando os níveis de linguagem adequados às situações. Faça com que um de seus personagens utilize a modalidade funcional padrão de linguagem e outro, uma das diversas gradações da modalidade funcional popular de linguagem:

1.4. O ADJETIVO NA CONASTRUÇÃO DO TEXTO (semântica e discurso)

(Este assunto será estudado no nosso livro didático: Português: Linguagens II, de William Roberto Cereja & Thereza Coachar Magalhães, 2º ano, que se encontra entre as páginas 50 e 57 do mesmo.)

1.5. FUNÇÕES DE LINGUAGEM (aprofundamento)

Já sabemos que quando alguém fala ou escreve, pode não só expressar o seu pensamento, mas pode também realizar ações (jurar, prometer, xingar etc.) ou produzir certo efeito sobre o outro. Nesse sentido, pode-se dizer que, ao falar ou escrever, temos sempre uma intenção ou um objetivo, sempre pretendemos algo.

Desse modo, a linguagem não serve apenas para transmitir informações. Ela também pode ter a função de: levar o outro a tomar uma atitude (como ajudar a apagar um incêndio), manter o contato com o outro, fazê-lo rir, emocionar-se, refletir etc. a linguagem também pode servir para darmos vazão ao nosso mundo interior, para entendermos o mundo e refletirmos sobre ele, entre outras funções.

Um dos primeiros estudiosos a considerar que a linguagem não tem apenas a função de transmitir informações foi Roan Jakobson (1896-1982). Para esse linguista russo, haveria basicamente seis funções da linguagem, determinadas de acordo com o elemento em que a ênfase da mensagem recai. Atentemos para o quadro abaixo:

1.6. O ARTIGO E O NUMERAL NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO

(semântica e discurso)

(Este assunto será estudado no nosso livro didático: Português: Linguagens II, de William Roberto Cereja & Thereza Coachar Magalhães, 2º ano, que se encontra entre as páginas 66 e 71 do mesmo.)

1.7. COESÃO E COERÊNCIA (a critério do professor)

Leiamos com muita atenção o texto a seguir:

CRIS

CRÁÁÁS!

CR...CRÉ...CRÉÉÉÉÉÉÉÉS...

CRIS?!

CROSS!

CRU UZ.

(Ezequias Moreira - não publicado)

De certo lemos com muita estranheza esse ─ se é que é ─ texto. O assunto que iremos estudar doravante trata da ligação entre as várias partes de um texto, que o constitui um todo significativo. E no caso do nosso ─ se é que é ─ texto motivador? O que o torna um todo significativo? Antes, porém, de responder a essa pergunta, gostaria que analisássemos as seguintes sequências frasais:

─ A moto do Cris é uma Cross.

─ Eu conheço uma pessoa chamada Cris.

─ Cris é muito legal.

─ Cris estuda na Escola Julião Bertoldo de Castro.

─ Cris tem uma moto.

─ Cris mora com seus pais.

─ A casa de Cris é amarela.

─ Eu gosto de conversar com Cris.

1.7.1. Coerência

O que é coerência?

a) A coerência ou conectividade conceitual é a relação que se estabelece entre as partes de um texto, criando uma unidade de sentido.

b) A coerência ou conectividade conceitual é o resultado da solidariedade, da continuidade do sentido, do compromisso das partes que formam esse todo.

c) A coerência ou conectividade conceitual está, pois, ligada à compreensão, à possibilidade de interpretação daquilo que se diz, escreve, ouve, vê, desenha, canta etc.

d) A coerência ou conectividade conceitual caracteriza-se, portanto, por uma interdependência semântica entre os elementos constituintes de um texto.

e) A coerência ou conectividade conceitual é o resultado de processos mentais de apropriação do real e da configuração dos esquemas cognitivos que definem o nosso saber sobre o mundo.

Veja os casos abaixo:

O réu foi condenado a 5 anos e 3 meses, não lhe sendo concedido, por isso, o beneplácito de um regime mais brando, devendo cumprir a pena em regime fechado. As penitenciárias de São Paulo não são adequadas e não oferecem condições satisfatórias, representando, em análise última, a falência do sistema carcerário.

O enunciado contido no parágrafo gráfico cria uma expectativa semântica para o desenvolvimento do discurso, não havendo nexo entre esta ideia e a subseqüente, em razão de não estar presente a unidade redacional.

O fato de o sistema carcerário de São Paulo ser precário não tem relação com a pena infligida ao condenado.

Fui ao cinema hoje, mas estou feliz.

A conjunção "mas" cria uma expectativa semântica de oposição, inadequada à ideia, por não haver relação lógica entre ir ao cinema/oposição a estar feliz.

Mais próprio seria, para compreender a enunciação, o emprego da explicativa "por isso", relação semântica compreensível e pertinente.

Praticando a coerência:

Agora junte os cinco enunciados acima e forme um único texto, conceituando de modo mais abrangente o que é Coerência. Mas faça um texto C O E R E N T E ! ! ! ! !

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Qual é a incoerência do texto abaixo?

João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma colina árida, cuja frente dava para leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções, até o horizonte, uma planície coberta de areia. Na noite em que se completava 30 anos, João, sentado nos degraus da escada colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente e observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho coberto de grama. De repente, viu um cavalo que descia para a sua casa. As árvores e as folhagens não o permitiam ver distintamente; entretanto observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o visitante era seu filho Guilherme, que há vinte anos tinha partido para alistar-se no exército...

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1.7.2. Coesão

O texto, já se afirmou mais de uma vez, não é um amontoado de palavras desconexas. Ao contrário disso, é a escolha de relações paradigmáticas (associações livres de uma ideia-tema) e sua distribuição sintático-semântica, ou seja, a combinação horizontal ou sintagmática de seus elementos, com sequência.

É a urdidura1 de diferentes relações sintagmáticas em torno de uma mesma relação paradigmática, com perfeita integração horizontal-vertical.

Todos os processos de sequencialização que asseguram (ou tornam recuperável) uma ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual podem ser encarados como instrumentos de coesão.

1. Urdidura: o conjunto de fios dispostos no tear, e por entre os quais passam os fios da trama.

Vejamos o seguinte texto:

Texto 01

Era um dia claro e animado. Todos queriam desfrutá-lo ao lado dos pássaros e flores em festa. Eu só queria isolar-me do mundo, fechada no escuro da decepção.

Agora, observemos o outro texto:

Texto 02

Era um dia claro e animado. Parecia que todos queriam desfrutá-lo ao lado dos pássaros e flores em festa, ou melhor, quase todos, porque eu não conseguia participar daquele entusiasmo. Eu só queria isolar-me do mundo, fechada no escuro da decepção.

Comparando-se os dois textos, inegável é perceber que o texto 02 possui um entrelaçamento de ideias mais vigoroso que o texto 01, pela preocupação com a unidade do texto.

Não é texto, portanto, uma sequência de termos desunidos, soltos, cada qual atirado num canto.

Os elos coesivos são elementos linguísticos responsáveis pela organização das ideias do texto, caminhando para trás (regressão) e para frente (progressão), costurando perfeitamente o texto nesse movimento de vaivém, em conexão sequencial.

Observemos os textos seguintes para verificarmos exemplos de coesão regressiva:

Texto 01

Leio com prazer as obras de Caio Mário porque ele é um ótimo jurista e possui estilo prazeroso.

Nota: No caso em tela, o pronome “ele” é o elo coesivo entre a ideia da primeira oração (Caio Mário) e (ótimo jurista), unindo o atributo a seu possuidor. Também os conectivos “porque” (explicativo) e a aditiva “e” cooperam para o entrelaçamento do texto, todos com movimento para trás.

Texto 02

Houve carnificina na Casa de Detenção. A coisa ficou feia.

Nota: No caso supra, houve a regressão por meio do indeterminado “coisa” que retoma o determinado “carnificina”.

Continuemos observando outros textos, para verificarmos exemplos de coesão progressiva:

Texto 01

Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre,

Vacila e grita, luta e se ensanguenta,

E rola e tomba, e se despedaça e morre...

(Olavo Bilac)

Nota: O polissíndeto (repetição da conjunção coordenativa aditiva) carrega o movimento para a frente, numa caminhada angustiada rumo à morte.

Texto 02

Primeiro me pediu desculpas. Depois, assim, sem mais nem menos, voltou a me agredir.

Nota: A enumeração caminha em sequência cronológica, ampliando as informações textuais.

Texto 03

Ai, palavras, ai palavras, que estranha potência, a vossa!

Ai, palavras, ai palavras, sois de vento ides ao vento,

No vento que não retorna, e, em tão rápida existência,

Tudo se forma e se transforma.

(Meirelles, 1958:793)

Nota: As informações sobre a “palavra” vão sendo acrescidas para dar-lhe uma visão conceitual mais ampla. Reforça a progressão a aliteração da sibilante “S” que leva o movimento para frente de forma dinâmica.

Texto 04

Doação é contrato pelo qual uma pessoa (doador), por liberalidade, transfere um bem de seu patrimônio para o de outra (donatário), que o aceita (Código Civil, art. 1.165). É contrato civil, e não administrativo, fundado na liberalidade do doador, embora possa ser com encargos para o donatário.

(Hely Lopes Meirelles. Direito administrativo. São Paulo:

Revista dos Tribunais, 1991. p. 439)

Nota: Verifique o movimento progressivo da adição de elementos informativos, centrados na palavra contrato: (a) é contrato; (b) é contrato civil (não é contrato administrativo); (c) é fundado na liberalidade; (d) pode estabelecer encargos.

A coesão é sempre explícita, ligando o texto por meio de elementos superficiais que expressamente costuram as ideias, dando-lhe uma organização sequencial.

A coerência, por sua vez, é resultado da estrutura lógica do texto. Independentemente dos elementos coesivos (de ligação) presentes no texto, a continuidade de sentidos percebida pela organização de estruturas subjacentes, assegura a unidade e adequação de ideias.

O texto a seguir está embaralhado. Encontra-se em uma absoluta desordem. Caberá a você organizar as informações, resgatar o sentido do texto e reescrevê-lo, tornando-o compreensível.

( ) Marília era bem pequena,

( ) que a cômoda no quarto da

( ) colo e deixava que os tocasse

( ) os vidros de perfume, a caixa

( ) onde acendiam velas se

( ) quando descobriu o Mar. Não

( ) Dona Beatriz ria ao vê-la na

( ) anos tinha, mas lembrava-se

( ) faltava luz à noite.

( ) com os dedinhos grossos. A

( ) ponta dos pés, querendo alcançar

( ) conseguia se lembrar quantos

( ) Tudo o que havia sobre a

( ) mãe mostrava os porta-retratos,

( ) de jóias (com margaridas pintadas

( ) mãe era mais alta que ela.

( ) cômoda parecia precioso, intocável.

( ) na tampa) o castiçal prateado

( ) os objetos . Pegava Marília no

( ) ─ Mamãe, deixa eu ver lá em cima!

(RIOS, Rosana. Marília, Mar e ilha. Editora Estação Liberdade.)

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1.8. PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas etc.

1.8.1. Divisão e emprego dos sinais de pontuação

PONTO ( . )

a) indicar o final de uma frase declarativa.

Ex.: Lembro-me muito bem dele.

b) separar períodos entre si.

Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

c) nas abreviaturas.

Ex.: Av.; V. Ex.ª

DOIS-PONTOS ( : )

a) iniciar a fala dos personagens:

Ex.: Então o padre respondeu:

─ Parta agora.

b) antes de aposto ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam, resumem idéias anteriores.

Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.

c) antes de citação.

Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

RETICÊNCIAS ( ... )

a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.

Ex.: Sabe...eu queria te dizer que...esquece.

b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.

Ex.: ─ Alô! João está?

─ Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia.

Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília- José de Alencar)

d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.

Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros, Raimundo Fagner)

PARÊNTESES ( () )

a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.

Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.

Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão.

(O Milagre das Chuvas no Nordeste, Graça Aranha)

Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )

a) Após vocativo.

Ex.: “Parte, Heliel! “ ( As violetas de Nossa Senhora, Humberto de Campos).

b) Após imperativo.

Ex.: Cale-se!

c) Após interjeição.

Ex.: Ufa! Ai!

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional.

Ex.: Que pena!

PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )

a) Em perguntas diretas.

Ex.: Como você se chama?

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação.

Ex.: ─ Quem ganhou na loteria?

─ Você.

─ Eu?!

VÍRGULA ( , )

É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.

Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.

Podemos concluir que, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.

Não se separam por vírgula:

• predicado de sujeito;

• objeto de verbo;

• adjunto adnominal de nome;

• complemento nominal de nome;

• predicativo do objeto do objeto;

• oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).

A vírgula no interior da oração

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar o vocativo.

Ex.: Maria, traga-me uma xícara de café.

A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.

b) separar alguns apostos.

Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.

c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado.

Ex.: Chegando de viagem, procurarei por você.

As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) separar elementos de uma enumeração.

Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.

e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.

Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.

f) separar conjunções intercaladas.

Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.

g) separar o complemento pleonástico antecipado.

Ex.: A mim, nada me importa.

h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.

Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.

i) separar termos coordenados assindéticos.

Ex.: "Lua, lua, lua, lua,

por um momento meu canto contigo compactua..."

(Caetano Veloso)

j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).

Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)

Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.

Ex.: Conversaram sobre futebol, religião e política.

Não se falavam nem se olhavam.

Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.

Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório.

Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.

A vírgula entre orações

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.

Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.

b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção e).

Ex.: Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no exame.

Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção:

01. quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.

Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

02. quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto).

Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.

03. quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, conseqüência, por exemplo)

Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal.

Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho."( O selvagem, José de Alencar)

d) separar as orações intercaladas.

Ex.: "─ Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em a estar plantando..."

Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão.

Ex.: "Senhor ─ disse o velho ─ tenho grandes contentamentos em a estar plantando..."

e) separar as orações substantivas antepostas à principal.

Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.

PONTO-E-VÍRGULA ( ; )

a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência etc.

Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:

I- advertência;

II- suspensão;

III- demissão;

IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

V- destituição de cargo em comissão;

VI- destituição de função comissionada.

(cap. V das penalidades Direito Administrativo)

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham tido utilizado a vírgula.

Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O Visconde de Inhomerim, Visconde de Taunay)

TRAVESSÃO ( ─ )

a) dar início à fala de um personagem.

Ex.: O filho perguntou:

─ Pai, quando começarão as aulas?

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos.

─ Doutor, o que tenho é grave?

─ Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom.

c) unir grupos de palavras que indicam itinerário.

Ex.: A rodovia Belém─Brasília está em péssimo estado.

Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas.

Ex.: Xuxa ─ a rainha dos baixinhos ─ será mãe.

ASPAS ( “ ” )

a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.

Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.

A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.

Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

b) indicar uma citação textual.

Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. ( O prazer de viajar, Eça de Queirós)

Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. ( ' ' )

Recursos alternativos para pontuação:

Parágrafo ( § )

Chave ( { } )

Colchete ( [ ] )

Barra ( / )

Co-autoria: Manoel Jorge Franca

Exercícios de Pontuação

01. Assinale a opção em que a supressão das vírgulas alteraria o sentido do anunciado:

a) os países menos desenvolvidos vêm buscando, ultimamente, soluções para seus problemas no acervo cultural dos mais avançados;

b) alguns pesquisadores,que se encontram comprometidos com as culturas dos países avançados, acabam se tornando menos criativos;

c) torna-se, portanto, imperativa uma revisão modelo presente do processo de desenvolvimento tecnológico;

d) a atividade científica, nos países desenvolvidos, é tão natural quanto qualquer outra atividade econômica;

e) por duas razões diferentes podem surgir, da interação de uma comunidade com outra, mecanismos de dependência.

02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo:

“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.”

a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula;

b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;

c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;

d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;

e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.

03. Assinale o exemplo em que há emprego incorreto da vírgula:

a) como está chovendo, transferi o passeio;

b) não sabia, por que todos lhe viravam o rosto;

c) ele, caso queira, poderá vir hoje;

d) não sabia, por que não estudou;

e) o livro, comprei-o por conselho do professor.

04. Assinale o trecho sem erro de pontuação:

a) vimos pela presente solicitar de V.Sas., que nos informe a situação econômica da firma em questão;

b) cientificamo-lo de que na marcha do processo de restituição de suas contribuições, verificou-se a ausência da declaração de beneficiários;

c) o Instituto de Previdência do Estado, vem solicitar de V.Sa. o preenchimento da declaração;

d) encaminhamos a V.Sa., para o devido preenchimento, o formulário em anexo;

e) estamos remetendo em anexo, o formulário.

05. Assinale as frases em que as vírgulas estão incorretas:

a) ora ríamos, ora chorávamos;

b) amigos sinceros, já não os tinha;

c) a parede da casa, era branquinha branquinha;

d) Paulo, diga-me o que sabe a respeito do caso;

e) João, o advogado, comprou, ontem, uma casa.

06. Observe:

1) Depois de muito pedir ( ) obteve o que desejava;

2) Se fosse em outras circunstâncias ( ) teria dado tudo certo;

3) Exigiam-me o que eu nunca tivera ( ) uma boa educação;

4) Fez primeiramente seus deveres ( ) depois foi brincar;

Assinale a alternativa que preencha mais adequadamente os parênteses:

a) (;) (,) (:) (;);

b) (,) (;) (:) (;);

c) (,) (,) (:) (;);

d) (?) (,) (,) (:);

e) (,) (;) (.) (;).

07. Assinale o item em que as vírgulas estão empregadas corretamente:

I - Foi ao fundo da farmácia, abriu um vidro, fez um pequeno embrulho e entregou ao homem.

II - A sua fisionomia estava serena, o seu aspecto tranqüilo.

III - E o farmacêutico, sentindo-se aliviado do seu gesto, sentira-se feliz diante de suas lembranças.

IV - Quando, vi que não servia, dei às formigas, e nenhuma morreu.

a) I - IV;

b) II - III;

c) II - IV;

d) I - II;

e) I - III.

08. A frase: “O assunto desta reunião - voltou a afirmar o presidente - é sigiloso”.

Qual das alternativas abaixo apresenta as possibilidades corretas dentre as enumeradas de I a V?

I - O assunto desta reunião (voltou a afirmar o presidente ...) é sigiloso.

II - O assunto desta reunião (voltou a afirmar o presidente) é sigiloso.

III - O assunto desta reunião; voltou a firmar o presidente; é sigiloso.

IV - O assunto desta reunião, voltou a afirmar o presidente, é sigiloso.

V - O assunto desta reunião: voltou a afirmar o presidente: é sigiloso.

a) I, II, III, IV, V;

b) II, IV;

c) I, III, V;

d) I, IV, V;

e) II, IV, V.

09. Em seguida vai um pequeno trecho de Machado de Assis, pontuado de diversos modos. Só uma vez a pontuação estará de acordo com as normas gramaticais. Assinale-a:

a) homem gordo, não faz revolução. O abdômen, é naturalmente amigo da ordem. O estômago pode destruir, um império: mas há de ser antes do jantar;

b) homem gordo não faz revolução. O abdômen é naturalmente amigo da ordem; o estômago pode destruir um império: mas há de ser antes do jantar;

c) homem gordo não faz revolução, o abdômen é, naturalmente, amigo da ordem. O estômago, pode destruir um império: mas há de ser antes do jantar;

d) homem gordo não faz revolução: o abdômen e naturalmente, amigo da ordem. O estômago pode destruir um império: mas há de ser antes do jantar;

e) homem gordo não faz revolução: o abdômen é naturalmente amigo da ordem. O estômago pode destruir um império mas há de ser, antes do jantar.

10. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo:

“Como amanhã será o nosso grande dia ___ duas coisas serão importantes ___ uma é a tranqüilidade ___ a outra é a observação minuciosa do que esta sendo solicitado”.

a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula;

b) vírgula, vírgula,vírgula;

c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;

d) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;

e) ponto e vírgula, dois pontos, vírgula.

11. Assinale a série de sinais cujo emprego corresponde, na mesma ordem, aos parênteses indicados no texto:

“Pergunta-se ( ) qual é a ideia principal desse parágrafo ( ) A chegada de reforços ( ) a condecoração ( ) o escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente ( ) Se é a chegada de reforços ( ) que relação há ( ) ou mostrou seu autor haver ( ) entre esse fato e os restantes ( )”.

a) , , ? ? ? , , , .

b) : ? , , ? , ___ ___ ?

c) ___ ? , , . ___ ___ ___ .

d) : ? , . ___ , , , ?

e) : . , , ? , , , .

1.9. AENTUAÇÃO GRÁFICA

Antes de aprender como funciona a acentuação gráfica, é importante entender alguns dos termos utilizados na Língua Portuguesa.

SÍLABA

Vogal ou conjunto de fonemas que se pronunciam numa só emissão de voz.

Toda sílaba na Língua Portuguesa possui uma vogal.

As sílabas podem ser classificadas como:

• Átona: Pronunciada com menor intensidade.

• Tônica: Pronunciada com maior intensidade.

ENCONTROS VOCÁLICOS

• Ditongo: duas vogais em uma única sílaba (não se separam).

Ex.: oi, saudade, frei.

• Tritongo: três vogais em uma única sílaba (não se separam).

Ex.: Paraguai, Jóquei.

• Hiato: duas vogais em sílabas vizinhas.

Ex.: saúde, coordenar, faísca.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS

• Monossílabo: vocábulo formado por uma só sílaba.

Ex.: mar, eu, é.

• Dissílabos: vocábulo formado por duas sílabas.

Ex.: dedo, café, baú.

• Trissílabos: vocábulo formado por três sílabas.

Ex.: príncipe, lâmpada, óculos.

• Polissílabos: vocábulo formado por quatro ou mais sílabas.

Ex.: maravilhoso, atropelamento, estúpido.

1.9.1. A acentuação

MONOSSÍLABOS ÁTONOS

Nunca são acentuados graficamente.

Ex.: o, a, os, as, um, uns, me, te, se, lhe, lhes, nos, que, com, de, por, sem, sob, mas, nem, e.

ACENTUAÇÃO TÔNICA

Toda palavra tem uma sílaba que é pronunciada com mais intensidade que as outras.

Essa sílaba é chamada de SÍLABA TÔNICA.

A sílaba tônica pode ocupar diferentes posições e, de acordo com essa colocação, ser classificada como: oxítona, paroxítona, proparoxítona e monossílaba tônica.

MONOSSÍLABOS TÔNICOS:

Acentuam-se os que terminam em A(S), E(S), O(S).

Ex.: pó, fé, nós, vós, dá.

OS DISSÍLABOS, TRISSÍLABOS E POLISSÍLABOS TÔNICOS:

OXÍTONOS: sílaba tônica na última sílaba.

Ex.: café, ralé, oposição, aparar.

Acentuam-se os dissílabos, trissílabos e polissílabos tônicos Oxítonos:

01. Quando terminados em EM, ENS, A(S), E(S), O(S):

• A, AS: está, atrás, fubá.

• E, ES: café, você, vocês.

• O, OS: compôs,avó, paletós.

• EM: também, amém, armazém, alguém.

• ENS: deténs, parabéns, armazéns.

02. Quando a sílaba tônica é formada por ditongo aberto:

Ex.: anéis, remóis, Ilhéus.

03. Quando o I ou o U da sílaba tônica formam HIATO, seguidos ou não de S

Ex.: baú, daí, Luís

04. Quando há ditongo e o I ou o U estiverem no final da palavra:

Ex.: Piauí, tuiuiú.

ATENÇÃO!

Não são acentuados:

Ex.: juiz, raiz, Raul, ruim, caiu

PAROXÍTONOS: sílaba tônica na penúltima sílaba.

Acentuam-se os dissílabos, trissílabos e polissílabos tônicos Paroxítonos:

Ex.: cônsul, fusível, vulnerável, falo, escuto, mesa, cadeira, felicidade.

01. Quando terminados em L, N, R, X, PS, I, IS, U, US, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS, ON, ONS, UM, UNS.

• I, IS: táxi, tênis, júri, cútis;

• U, US: ônus, bônus

• Ã, ÃS: ímã, órfãs;

• ÃO, ÃOS: sótão, bênçãos;

• ON, ONS: cólon, nêutrons;

• UM, UNS: álbum, álbuns;

• L, N, R, X, PS: fácil, cônsul, éden, hífen, pólen, abdômen, bíceps, fórceps, mártir, caráter, ônix, tórax.

02. Quando o I ou o U da sílaba tônica, não sendo seguido por NH, faz hiato com a vogal anterior, formando, sozinho ou com um S, uma sílaba:

Ex.: amiúde, arcaísmo, ruído, caíste, reúne, egoísmo, saída, viúva, ciúme, raízes, juízes

03. Quando é ditongo crescente, seguido ou não de S:

Ex.: Flávia, Mário, cárie, gêmeo, óleo, tênue, água, régua, espontânea, crânio, mágoa, orquídea, árduo, mútuo, vídeo.

Não se acentuam os dissílabos, trissílabos e polissílabos tônicos Paroxítonos:

01. Quando terminam em ENS:

Ex.: edens, hifens, abdomens.

02. Quando a sílaba tônica é formada por ditongo aberto (EU, EI, OI), mesmo que seja próprio:

Ex.: epopeica, celuloide, ovoide, assembleia, ideia, paranoia, heroico, estóico, Coreia.

Obs.: contêiner, destróier, gêiser – são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em r.

amêijoa (molusco muito apreciado como alimento): é acentuada por ser paroxítona

terminada em ditongo crescente.

03. Quando o I ou o U tônico faz hiato com vogal anterior e é seguido por NH:

Ex.: moinho, rainha, campainha.

04. Quando a primeira vogal dos hiatos OO, EE (vogais repetidas) é tônica:

Ex.: veem, creem, leem, deem, releem, voo, abençoo.

05. Quando o prefixo paroxítono termina em I ou em R:

Ex.: anti-herói, super-herói

PROPAROXÍTONOS: sílaba tônica na antepenúltima sílaba.

Acentuam-se os trissílabos e polissílabos tônicos Proparoxítonos:

Ex.: pároco, próximo, trôpego, histérico, nêspera.

Todos, sem exceção, são acentuados.

CASOS ESPECIAIS:

01. Acento Diferencial

Os acentos diferenciais só existem para os verbos PÔR, TER, VIR e PODER.

Para diferenciar o verbo PÔR da preposição POR:

Ex.: Vamos pôr aquela música.

Vamos por este caminho.

Vou pôr um casaco, porque está frio.

Não vá por aí, menino!

Para diferenciar TÊM, terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo TER, de TEM, terceira pessoa do singular do presente do indicativo:

Eles têm medo de escuro.

Ele tem medo de escuro.

Para diferenciar VÊM, terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo VIR, de VEM, terceira pessoa do singular do presente do indicativo:

Elas vêm amanhã pela manhã.

Ela vem amanhã pela manhã.

Para diferenciar PODE, terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo PODER, de PÔDE, terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo:

Ele pode ir te buscar.

Ele não pôde ir te buscar.

Ele não pode vir.

Ele não pôde vir.

02. Til usado sobre A e o O nasais:

Ex.: não, vão, cãs, cãibra (ou câimbra), mãe, afã, ímã, fã;

nas formas verbais de pôr e seus compostos (põe, põem, depõe, compõem).

03. Trema

Na nova ortografia, o trema não é mais utilizado. Exceto para palavras estrangeiras ou nomes próprios.

04. Palavras compostas com elementos separados por hífen

Cada um tem autonomia fonética, morfológica e gráfica, seguindo as regras gerais:

Ex.: anglo-itálico recém-chegado pós-homérico pré-história.

Obs.: Os prefixos anti, semi, super, circum, inter, nuper e arqui não são acentuados.

05. Abreviaturas

O acento original se mantém:

Ex.: página = pág.

século = séc.

06. Formas verbais

Considere cada parte como um todo e siga as regras gerais:

Ex.: amá-lo = oxítono terminado em a + monossílabo átono

desejá-lo-íamos = oxítono terminado em a + monossílabo átono + proparoxítono

Perceba que as formas verbais terminadas em A recebem acento agudo e as terminadas em E e O, acento circunflexo.

Ex.: resolvê-las-ias; predispô-los-ão; compô-la-ei; compô-la-ás; pô-lo-íeis; desejá-lo-íamos.

Fonte: Mundo Vestibular

Leia o texto abaixo e observe o que há de estranho nele:

A vitoria suada contra o Iraty, ontem, por 2 a 1, na Arena da Baixada, parece ter sido o combustivel necessario para que o Atletico va confiante para seu primeiro desafio na Copa do Brasil. O time encara o Tocantins Futebol Clube na quarta-feira, as 20h30 em Palmas-TO. O zagueiro Rhodolfo fez questao de destacar a vitoria do Furacao sobre o Iraty e falou sobre a motivacao do grupo que viaja para Palmas amanha. "Foi um jogo importante contra uma equipe dificil. Conseguimos no finalzinho para se manter na ponta da tabela. Isso nos anima para o jogo de quarta-feira", afirmou em entrevista ao site oficial. O atacante Lima tambem comentou sobre a importancia da vitoria sobre o Iraty. “As dificuldades foram grandes, mas o que importa sao os tres prontos conquistados".

(Furacao.com – 02/03/2009)

Agora, nas linhas abaixo, faça um comentário sobre as suas conclusões:

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