Ambiguino Pleonástico

favor,volte minha coroa

sem ele não me sinto rei

com essa dor que me coroa

corroa logo e que não tem

se um trem mineiro me abatesse

seria bem melhor assim

não sei viver sem minha velha

é velha mas serve pra mim

se a coroa não vier

de quatro eu vou esperar

espero que não se demore

meu coração vai quebrar

sem ela sinto uma falta

ao ver a minha bicicleta

onde cruzamos muitas rotas

num caminho só meu e dela

preso nesta minha corrente

de amor e comunhão

vens pensar,incoerente

desconhece essa canção

coroa, minha coroa

aonde fostes parar?

meu peito chora à toa

meu reino não vai suportar

amada confidente minha

sozinha és tão imponente

porém sem a tua companhia

Rainha, torno-me impotente

perdoe esta confusão

sem ti não posso pensar

e brinco com estas palavras

pra não vir logo a chorar

sob este pleonasmo

travestido em poesia

tento não ficar tão pasmo

diante desta agonia

é coroa de vestir?

ou de velha que morreu?

e porque veio a sumir?

porque desapareceu?

cheio de ambiguidade

redundante e resoluto

crio verso de verdade

obtuso ou de luto?

use o seu português

para poder decifrar!

ou então vire freguês...

do Português lá do bar...

Lais L S
Enviado por Lais L S em 12/12/2012
Código do texto: T4032926
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