OS PRINCIPAIS AUXILIARES...
Nos tempos compostos: TER e HAVER, seguidos de umas das formas nominais do verbo: Infinitivo, gerrúndio e particípio.
Na voz passiva: SER e ESTAR, também seguidos dessas formas nominais.
Noutros tipos de locuções verbais, usa-se outros auxiliares:
VOU dizer (direi). Precisamos falar (falemos). Ela anda comendo (come) demais.
O que se constata é que o verbo quando funciona como auxiliar perde seu sentido próprio, servindo apenas para se fazer as conjugações ou flexões. O verbo principal é que expressa a ideia principal, o sentido, o significado da locução.
Quando se fala em verbo auxiliar, implica haver um principal, e vice-versa. Portando, é discutível se falar em verbo principal quando não há locução. Se na oração houver um único verbo, mais apropriado seria se falar em verbo absoluto ou numa expressão equivalente:
Ele anda a pé.
Existe, nessa oração, um único verbo. Como se falar em verbo principal?
Quando os auxiliares são TER e HAVER, formando tempos compostos, a locução verbal está na voz ativa. Se forem SER ou ESTAR, embora não só estes, a locução está na voz passiva:
Ele TEM lido muito o livro ultimamente: Ele lê ...
Ele é lido demais (o livro): Ele (o livro) é lido por alguém.
Só lembrando: Na voz ativa, o sujeito realiza a ação; na passiva, ele sofre a ação de um agente, o agente da passiva.
Uma observação importante: Quando um verbo principal for impessoal (não tem sujeito e, por isso, não pode ser flexionado em pessoa e número), tal impessoalidade é transferida para o auxiliar, que também fica inflexível.
Deixou de haver escola dominical.
Se essa oração for para o plural, fica: Deixou de haver escolas dominicais.
Não se pode conjugar assim: Deixaram de haver escolas dominicais.
"HAVER", no sentido de existir, é impessoal. Portanto, o auxiliar só pode flexionar em tempo (jamais em pessoa e número).