QUE NEM
Provavelmente você, algumas vezes, já se deparou com a expressão "língua culta". Deve ser tudo o que está rigorosamente de acordo com a gramática. Os bons escritores, principalmente os clássicos, têm seus textos escritos na língua culta. Pessoas de cultura, de muito estudo, que fazem discursos ou que escrevem em jornais, expressam-se obviamente na língua culta.
E qual seria o antônimo de "língua culta"? Não sei, talvez "língua vulgar", "gíria" ou "linguajar". De qualquer forma, são duas línguas que se estranham, as expressões de uma não entram na outra.
Ainda há pouco, estive pensando na expressão "que nem", quando usada na comparação de termos. Por exemplo, ao invés de dizer: "Ela fala como um papagaio", diz-se "Ela fala que nem um papagaio". Seria tal expressão própria da língua informal, ou será que algum escritor de alto nível já dela fez uso?
Mas ainda há outra palavra que vem sendo usada em comparações, a qual não deve ser tolerada na língua culta. É a palavra "tipo". "Ela fala tipo um papagaio", "Aquele menino é mesmo um chorão, tipo um bezerro desmamado", "Ele só escreve melodramas, tipo aquelas novelas de antigamente".
E por aí vão as coisas.