Juquinha possui um amigo virtual, um garoto muito legal.
Os dois trocam e-mails há seis meses.
O amigo de Juquinha atualmente reside na Itália, mas já morou no Brasil há uns cinco anos.
Na última mensagem que lhe enviou, Gil, o amigo de Juquinha, informou que estava viajando para o Brasil em janeiro.
Após essa mensagem, nunca mais Juquinha conseguiu um contato com o amigo Gil.
Juquinha estava ansioso para falar sobre a reforma que passa a vigorar a partir de 2013.
Quando Gil morava aqui, ainda não tinha sido anunciada tal reforma.
Nas conversas divertidas com Gil, Juquinha nunca achou importante citar o assunto. Aliás, ele permanece usando as regras antigas, pretendendo abandoná-las a partir do primeiro dia de 2013 quando só valerá a nova reforma.
No e-mail o amiguinho Gil deu detalhes sobre o seu endereço no Brasil pedindo para Juquinha lhe procurar na data X. Gil explicou que deveria chegar na primeira semana de janeiro. Esclareceu também que estava viajando para um retiro no qual ficaria até o final do ano, sem computadores, sem tecnologia, curtindo ar puro e boas conversas.
Gil se despediu informando que eles voltariam a conversar somente no Brasil pessoalmente.
Juquinha, após ler o e-mail, ficou apreensivo demais.
“Quanta responsabilidade! Eu serei uma espécie de guia turístico, meu amigo Gil dependerá de minhas orientações assim que chegar no Brasil!”
“Mas ele nada está sabendo da reforma! E agora?”
Juquinha passou a noite sem dormir.
Ele ficou pensando nas sugestões que daria a Gil.
Refletindo sobre o assunto, sempre recordava a tal Reforma Ortográfica assinada em 2008.
Isso o incomodou bastante.
Gil precisará de idéias.
Ele não sabia quantos dias o amigo ficaria no país, porém ele necessitará de idéias a fim de aproveitar o passeio.
Notou que isso era um grande problema.
Ele não poderia oferecer idéias ao amigo, porém somente ideias.
Não seria a mesma coisa!
Sem poder dar idéias, ele não conseguia bolar ideias.
A madrugada foi agitada e tensa.
No dia seguinte recordou que o vôo trazendo Gil chegaria na primeira semana de janeiro. Havia um bom tempo ainda, porém Juca já imaginava o vôo chegando.
O vôo?
Recordou que Gil, na realidade, faria um voo.
Não existiriam mais vôos na data em que o amigo estará no Brasil.
O raciocínio deixou o garoto bem preocupado.
Era um sábado. Juquinha ficou cabisbaixo a manhã toda pensando como daria ideias ao amigo Gil que viajaria para o Brasil num vôo inexistente.
Sua cabeça quase explodiu.
A mãe de Juquinha, percebendo algo esquisito, falou:
_ Querido, o que está te deixando intranqüilo?
Juquinha ouviu a última palavra e percebeu que, no próximo ano, ele não poderá mais ficar intranqüilo.
Só será possível e desaconselhável ficar intranquilo.
O trema não mais existirá, não será mais tolerado.
Da mesma forma não será mais tolerado acentuar idéias e vôo.
A dor de cabeça de Juquinha aumentou, ele sentiu uma aflição indescritível.
“Gil nada sabe sobre a reforma! O que eu faço?”
Juquinha felizmente conseguiu se acalmar nos dias seguintes.
Não restava outra alternativa.
A Reforma Ortográfica é um fato.
A viagem de Gil já estava definida.
As idéias e os vôos, antes tão tranqüilos, agora devem ser substituídos tranquilamente por ideias e voos.
Juquinha aquietou sua alma questionadora.
Imaginou algumas dicas que provavelmente Gil consideraria boas ideias.
Decidiu enfrentar a realidade corajoso e tranquilo, revelando as mudanças que precisarão ser ditas a Gil após ele finalizar o voo proveniente da Itália.
A mãe ficou satisfeita vendo Juquinha, durante a tarde, brincando com os amiguinhos na rua.
Ela gostou de perceber o filho agindo como qualquer criança saudável e tranquila.
Teve, então, a ideia de fazer um bolo de chocolate, que Juquinha adorava.
Animada ela não percebeu a insistente presença de uma mosca realizando diversos voos na cozinha.
Um abraço!
Leia o texto “REDONDINHO (Uma fofoca bem gostosa)”!
Clique e confira!
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/3990314
Obrigado!
Os dois trocam e-mails há seis meses.
O amigo de Juquinha atualmente reside na Itália, mas já morou no Brasil há uns cinco anos.
Na última mensagem que lhe enviou, Gil, o amigo de Juquinha, informou que estava viajando para o Brasil em janeiro.
Após essa mensagem, nunca mais Juquinha conseguiu um contato com o amigo Gil.
Juquinha estava ansioso para falar sobre a reforma que passa a vigorar a partir de 2013.
Quando Gil morava aqui, ainda não tinha sido anunciada tal reforma.
Nas conversas divertidas com Gil, Juquinha nunca achou importante citar o assunto. Aliás, ele permanece usando as regras antigas, pretendendo abandoná-las a partir do primeiro dia de 2013 quando só valerá a nova reforma.
No e-mail o amiguinho Gil deu detalhes sobre o seu endereço no Brasil pedindo para Juquinha lhe procurar na data X. Gil explicou que deveria chegar na primeira semana de janeiro. Esclareceu também que estava viajando para um retiro no qual ficaria até o final do ano, sem computadores, sem tecnologia, curtindo ar puro e boas conversas.
Gil se despediu informando que eles voltariam a conversar somente no Brasil pessoalmente.
Juquinha, após ler o e-mail, ficou apreensivo demais.
“Quanta responsabilidade! Eu serei uma espécie de guia turístico, meu amigo Gil dependerá de minhas orientações assim que chegar no Brasil!”
“Mas ele nada está sabendo da reforma! E agora?”
Juquinha passou a noite sem dormir.
Ele ficou pensando nas sugestões que daria a Gil.
Refletindo sobre o assunto, sempre recordava a tal Reforma Ortográfica assinada em 2008.
Isso o incomodou bastante.
Gil precisará de idéias.
Ele não sabia quantos dias o amigo ficaria no país, porém ele necessitará de idéias a fim de aproveitar o passeio.
Notou que isso era um grande problema.
Ele não poderia oferecer idéias ao amigo, porém somente ideias.
Não seria a mesma coisa!
Sem poder dar idéias, ele não conseguia bolar ideias.
A madrugada foi agitada e tensa.
No dia seguinte recordou que o vôo trazendo Gil chegaria na primeira semana de janeiro. Havia um bom tempo ainda, porém Juca já imaginava o vôo chegando.
O vôo?
Recordou que Gil, na realidade, faria um voo.
Não existiriam mais vôos na data em que o amigo estará no Brasil.
O raciocínio deixou o garoto bem preocupado.
Era um sábado. Juquinha ficou cabisbaixo a manhã toda pensando como daria ideias ao amigo Gil que viajaria para o Brasil num vôo inexistente.
Sua cabeça quase explodiu.
A mãe de Juquinha, percebendo algo esquisito, falou:
_ Querido, o que está te deixando intranqüilo?
Juquinha ouviu a última palavra e percebeu que, no próximo ano, ele não poderá mais ficar intranqüilo.
Só será possível e desaconselhável ficar intranquilo.
O trema não mais existirá, não será mais tolerado.
Da mesma forma não será mais tolerado acentuar idéias e vôo.
A dor de cabeça de Juquinha aumentou, ele sentiu uma aflição indescritível.
“Gil nada sabe sobre a reforma! O que eu faço?”
Juquinha felizmente conseguiu se acalmar nos dias seguintes.
Não restava outra alternativa.
A Reforma Ortográfica é um fato.
A viagem de Gil já estava definida.
As idéias e os vôos, antes tão tranqüilos, agora devem ser substituídos tranquilamente por ideias e voos.
Juquinha aquietou sua alma questionadora.
Imaginou algumas dicas que provavelmente Gil consideraria boas ideias.
Decidiu enfrentar a realidade corajoso e tranquilo, revelando as mudanças que precisarão ser ditas a Gil após ele finalizar o voo proveniente da Itália.
A mãe ficou satisfeita vendo Juquinha, durante a tarde, brincando com os amiguinhos na rua.
Ela gostou de perceber o filho agindo como qualquer criança saudável e tranquila.
Teve, então, a ideia de fazer um bolo de chocolate, que Juquinha adorava.
Animada ela não percebeu a insistente presença de uma mosca realizando diversos voos na cozinha.
Um abraço!
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Obrigado!