Os dicionaristas não teriam cometido um "pequeno equívoco" na palavra DESTOAR ?
Pelo que nos consta, DESTOAR é termo que
tem a ver com TOM.
DESTOAR, portanto, seria "sair do tom" (no
sentido de "fugir do normal"). Um exemplo do emprego deste termo, nes-
te sentido, (considerando o que consta no dicionário) é este :
Se, para determinada festa, foi exigido de-
terminado tipo de traje e alguém lá comparece com um traje diferente ,
aí será dito que esse traje diferente DESTOA (está "fora do tom" ou
"diferente") dos demais convidados.
Porém, no nosso entendimento, se "des-
toar" é verbo derivado do substantivo "TOM" (e nessa raiz "tom" o M É PARTE INTEGRANTE dela), NÃO SE JUSTIFICA, NO DICIONÁRIO, A ESTRUTURA DESTE VERBO CONSTAR (como lá aparece) : DES + TOAR (sem o M ou, no caso, N).
Considerando as premissas acima, A PALA-
VRA DEVERIA SER "D E S T O N A R " (sair ou perder o tom) E NÃO,
"DESTOAR".
E, seguindo esta linha de entendimento , a estrutura deste verbo (repetimos : considerando que ele tem a ver com TOM) deveria ser assim :
DES = prefixo (que significa "o contrário de")
TON = raiz / radical (com mudança do "m"
por "n" para a acoplagem da desinên-
cia verbal "ar")
A = vogal temática (que indicará que o
verbo pertence à 1a. conjugação).
R = desinência de infinitivo (que indica o
nome do verbo).
Concluindo, achamos que a forma verbal
DESTOAR destoa, melhor dizendo, "destona" da boa lógica estrutural do
termo.
O que lhes parece ?