"O VERBO EM DESTAQUE NA PASSARELA"

                                                                                                           (1ª PARTE )

-Classe gramatical de palavras que expressa ‘AÇÃO’ (falar), ‘ESTADO’ (ser) e ‘FENÔMENO’ (chover).

VERBO> SINTAGMA VERBAL.

O ‘verbo’ apresenta as seguintes flexões:

A. DE NÚMERO e DE PESSOA.
                                                                               SINGULAR       PLURAL
1ª PESSOA (quem fala)>                                       EU                      NÓS
2ª PESSOA (com quem se fala)>                        TU                      VÓS
3ª PESSOA (de quem se fala)>                          ELE/ELA          ELES/ELAS
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B. DE TEMPO e MODO.

1. MODO INDICATIVO> indica o fato verbal com certeza, acerto, precisão quanto à sua realização.

2. MODO SUBJUNTIVO> indica um fato verbal de sentido subjetivo, duvidoso quanto à sua realização.

3. MODO IMPERATIVO> indica uma atitude de interferência do emissor sobre o receptor, exprimindo uma ORDEM, MANDO ou SOLICITAÇÃO.
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TEMPO: do modo indicativo:

a. PRESENTE> momento em que se fala. (eu falo)

b. PRETÉRITO> momento que antecede a fala.
    I-PERFEITO: o fato já está concluído, realizado. (eu falei)
   II-IMPERFEITO: o fato não está concluído; está em curso. (eu falava)
  III-MAIS-QUPERFEITO: fato no passado antes de outro também no passado.
      (eu falara... (quando ele entrou.)

c. FUTURO> momento posterior à fala.
    I-DO PRESENTE: fato posterior com a certeza de realização. (eu falarei)
   II-DO PRETÉRITO: um fato futuro em relação a outro fato passado.
      (eu falaria... (se não estivesse doente.)

TEMPO: do modo subjuntivo:

a. PRESENTE> fato presente, incerto, duvidoso.
(antecede à forma verbal o conectivo “QUE”)- (QUE eu fale)

b. PRETÉRITO IMPERFEITO> fato condicional hipotético em relação
a um momento passado.
(antecede à forma verbal o conectivo “SE”) – (SE falasse, não seria punido.)

c. FUTURO> fato futuro com possibilidade de realização.
(antecede à forma verbal o conectivo “QUANDO”) – (QUANDO eu falar, fica quieto.)
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FORMAÇÃO DO MODO IMPERATIVO.
. A 1ª pessoa do singular “EU” não existe.
.Na 3ª pessoa, os pronomes pessoais reto -‘ELE/ELA: singular, e ‘ELES/ELAS”: plural -são substituídos respectivamente pelos PRONOMES DE TRATAMENTO “VOCÊ / VOCÊS”.

O modo imperativo pode ser: AFIRMATIVO e NEGATIVO.

I. IMPERATIVO AFIRMATIVO:
As pessoas ‘TU e VÓS’ vêm do PRESENTE DO INDICATIVO, sem a letra “S” final.
As outras pessoas ‘VOCÊ, NÓS e VOCÊS’ vêm do PRESENTE DO SUBJUNTIVO.

Exemplo:
PRESENTE/INDICATIVO - PRESENTE/SUBJUNTIVO - IMPERATIVO AFIRMATIVO
Eu FALO                                Que eu FALE                             ------------------
Tu FALA(s)                             ---------------                               FALA (tu)
---------------                            Que ele FALE                           FALE (você)
---------------                            Que nós FALEMOS                 FALEMOS (nós)
Vós FALAI(s)                          --------------                                FALAI (vós)
---------------                             Que eles FALEM                     FALEM (vocês)
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II. IMPERATIVO NEGATIVO:
Todas as cinco pessoas vêm do PRESENTE DO SUBJUNTIVO sem alteração.
Anteceda às formas flexionadas o advérbio de negação “NÃO”.

Exemplo:
                    PRESENTE DO SUBJUNTIVO     -  IMPERATIVO NEGATIVO
                    Que eu FALE                                        ----------------------
                    Que tu FALES                                      NÃO FALES (tu)
                    Que ele FALE                                       NÃO FALE (você)
                    Que nós FALEMOS                             NÃO FALEMOS (nós)
                    Que vós FALEIS                                   NÃO FALEIS (vós)
                    Que eles FALEM                                  NÃO FALEM (vocês)
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C. DE VOZ.

Devido à relação existente entre o VERBO da oração (núcleo do PREDICADO) e o SUJEITO (termos essenciais da oração), são identificadas as seguintes VOZES VERBAIS:

1. VOZ ATIVA – “O sujeito agente PRATICA a ação contida no verbo.”
-‘O motorista atropelou o pedestre na calçada. ’
(MOTORISTA (sujeito) PRATICA a ação de ATROPELAR)

2. VOZ PASSIVA – “O sujeito paciente SOFRE a ação contida no verbo (transitivo direto).”
A voz passiva pode ser desenvolvida das seguintes maneiras:

a. VOZ PASSIVA ANALÍTICA> a frase é desenvolvida através de uma LOCUÇÃO VERBAL. Neste caso, é possível se ter a presença do AGENTE DA PASSIVA (ser que pratica a ação desenvolvida sobre o sujeito paciente).
Exemplo: O aluno era perseguido na escola.
(ALUNO (sujeito) SOFRE a ação da LOCUÇÃO VERBAL ‘ERA PERSEGUIDO’.

Mas: O aluno era perseguido pelos colegas na escola.
(tem-se, aqui, o AGENTE DA PASSIVA: ‘PELOS COLEGAS’)

b. VOZ PASSIVA SINTÉTICA> a frase é desenvolvida com um VERBO TRANSITIVO, na 3ª pessoa (singular ou plural), acompanhado do pronome “SE”. Neste caso, identificado como ‘PRONOME APASSIVADOR’.

ATENÇÃO: o verbo assume a forma ‘singular ou plural’ de acordo com o ‘sujeito’ presente na oração, sendo observada a ‘regra geral’ de CONCORDÂNCIA VERBAL: “SUJEITO SIMPLES no singular, VERBO no singular; SUJEITO SIMPLES no plural ou SUJEITO COMPOSTO, VERBO no plural.”

Exemplo: Aceita-se ajuda sem custos.
(AJUDA: sujeito simples – singular> ACEITA: verbo transitivo, 3ª pessoa/SINGULAR)

Exemplo: Entregam-se encomendas em domicílio.
(ENCOMENDAS: sujeito simples – plural> ENTREGAM: verbo transitivo, 3ª pessoa/PLURAL)

Exemplo: Vendem-se carro e moto usados.
(CARRO E MOTO: sujeito composto> VENDEM: verbo transitivo, 3ª pessoa/PLURAL)

3. VOZ REFLEXIVA> “o sujeito atua como ‘agente’ e ‘paciente’, pois ele PRATICA e SOFRE a ação expressa no verbo.

ATENÇÃO: quanto ao retorno da ação praticada pelo termo ‘sujeito’, urge que se observe o seguinte:

A AÇÃO PRATICADA PELO SUJEITO RETORNA PARA ELE MESMO” > VOZ REFLEXIVA.
Exemplo: A menina vestiu-se para a festa de formatura.
(MENINA: sujeito> vestiu ‘ela’ mesma)

A AÇÃO PRATICADA PELO SUJEITO RETORNA A UM DOS ELEMENTOS QUE FORMAM ESSE SUJEITO” > VOZ RECÍPROCA.
Exemplo: As crianças se empurravam na escada.
(CRIANÇAS: sujeito pratica a ação, mas ‘cada criança’ sofre a ação separadamente)
“Observa que a criança não empurra ela mesma, e sim as outras”.
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                                                            PARTICULARIDADES DO VERBO

1. ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO VERBO.

a. RADICAL VERBAL> é a parte do verbo que geralmente segue presente por toda sua flexão. É um dos fatores que diferencia o verbo regular do verbo irregular. Para sua identificação, basta retirar da forma verbal primitiva a sua terminação (ar, er, ir, or).
Exemplo: ESTUDAR (-AR) > ESTUD (radical verbal)

b. VOGAL TEMÁTICA VERBAL> é a vogal encontrada na terminação verbal. A ‘vogal temática’ indica a “CONJUGAÇÃO” que o verbo pertence.
Exemplo: CANTAR (-terminação AR)
RADICAL VERBAL: CANT
VOGAL TEMÁTICA VERBAL: A (verbo da 1ª conjugação)- CANT_AR
VOGAL TEMÁTICA VERBAL: E (verbo da 2ª conjugação)- VEND_ER
VOGAL TEMÁTICA VERBAL: I (verbo da 3ª conjugação)- PART_IR

ATENÇÃO: O verbo “PÔR” e seus derivados (compor, dispor, supor, transpor...) fazem parte da “2ª conjugação” pelo fato de primitivamente ser somente ‘um’, sua conjugação foi estabelecida pela sua derivação latina “POER” (terminação ER; VOGAL TEMÁTICA “E”).

c. TEMA VERBAL> é o conjunto formado pelos “radical verbal e vogal temática verbal”.
Exemplo: CANTAR (-terminação AR):
RADICAL VERBAL: CANT
VOGAL TEMÁTICA VERBAL: A
TEMA VERBAL: CANTA

d. DESINÊNCIA VERBAL> é a parte do verbo que sobra quando dele são retirados “radical verbal, vogal temática verbal e tema verbal”.
A desinência verbal pode ser:

I. DESINÊNCIA MODO-TEMPORAL> é a parte do verbo que indica o ‘tempo’ e o ‘modo’ de sua flexão.
São “desinências modo-temporal”:

-(VA/IA) – desinência do tempo PRETÉRITO IMPERFEITO, do modo INDICATIVO.
-(RA) – desinência do tempo PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO, do modo INDICATIVO.
-(EI/I) – desinência do tempo PRETÉRITO PERFEITO, do modo INDICATIVO.
-(REI/RÁs) – desinência do tempo FUTURO DO PRESENTE, do modo INDICATIVO.
-(RIA) – desinência do tempo FUTURO DO PRETÉRITO, do modo INDICATIVO.
-(SSE) – desinência do tempo PRETÉRITO IMPERFEITO, do modo SUBJUNTIVO.
(NDO) – desinência da FORMA NOMINAL VERBAL GERÚNDIO.
(DO/STO) – desinência da FORMA NOMINAL VERBAL PARTICÍPIO.

ATENÇÃO:
-(R) – desinência do tempo FUTURO, do modo SUBJUNTIVO (antecedido de QUANDO).
-(R) – desinência da FORMA NOMINAL VERBAL INFINITIVO (nas LOCUÇÕES VERBAIS).
-(E) – desinência do tempo PRESENTE, do modo SUBJUNTIVO (verbo da 1ª conjugação).
-(A) – desinência do tempo PRESENTE, do modo SUBJUNTIVO (verbos da 2ª e 3ª conjugações).
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II. DESINÊNCIA NÚMERO-PESSOAL> é a parte do verbo que índia a “pessoa do discurso” e o “número” (singular ou plural).
Exemplos: CANTAMOS> MOS: DESINÊNCIA NÚMERO-PESSOAL
(indica que o verbo está na 1ª pessoa do plural)
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QUANTO À ZONA DE ARTICULAÇÃO, tem-se:

a. FORMA VERBAL RIZOTÔNICA> quando o verbo apresenta sua ‘VOGAL TÔNICA’ dentro do RADICAL VERBAL.
Exemplo: FALO> FAL: radical verbal – “A” –vogal tônica (dentro).

b. FORMA VERBAL ARRIZOTÔNICA> quando a ‘VOGAL TÔNICA’ do verbo se encontra fora de seu RADICAL VERBAL.
Exemplo: COMPREI> COMPR: radical verbal – “E” –vogal tônica (fora).
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                                       (Professor: Ademir Rêgo de Oliveira/2012)
Profaro
Enviado por Profaro em 24/10/2012
Reeditado em 02/11/2012
Código do texto: T3950027
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