Português
Dizem que a nossa Língua Portuguesa é das mais difíceis. Eu concordo. Significado das palavras, conjugação de verbos e acentuação. Tudo muito complicado. E o novo acordo ortográfico, que deixou tanta gente em parafuso? Auto-suficiente tornou-se autossuficiente. Idéia, agora é ideia. Os olhos até estranham, não é mesmo?
A pontuação é outra que apavora. Uma vírgula pode acrescentar ou diminuir o número de pessoas na história; um ponto no lugar errado pode mudar o sentido de toda a frase. Também existe aquele velho dilema do uso do “G” ou “J”. Existe “viagem” e “viajem”. Um é substantivo, enquanto o outro é verbo conjugado. Por isso, é necessário cuidado ao utilizá-los.
Lembro-me de um dia, na sala de aula, nossa professora de Português, Ninfa Macedo, ter perguntado à classe se a palavra “quiser” seria com “Z” ou com “S”. Eu fui uma das que responderam com um sonoro ZZZZZZ e, é claro, fui corrigida na hora. Nunca mais esqueci: “quiser” é com “S”.
O uso do “mim” e do “eu” também confunde muita gente. Por exemplo: “Minha mãe pediu pra mim fazer o exercício” fica interessante quando é falado por indiozinhos. Para nós outros, o mais indicado é dizer “Minha mãe pediu pra eu fazer o exercício”. E por aí, vai.
Esquecendo um pouco as dificuldades da Língua, julgo não haver nada tão gostoso quanto ler um texto bem escrito. Bem elaborado. Uma receita de bolo, uma carta oficial, um bilhete romântico, até mesmo uma conversa informal entre amigos ganha formato diferente quando vai para o papel. Isso porque, para ser entendido, o texto precisa de itens como coesão, concisão e clareza.
Assim como tudo na vida, acredito que saber articular palavras também é um dom. Alguns se expressam melhor tocando um instrumento, interpretando, cantando, dançando. Outros, pintando. E você? Já descobriu qual é o seu dom?