Todo,Independente do Sentido,Tem de Ser Sempre Escrito Com o Artigo

Moderna Gramática Portuguesa, Evanildo Bechara: "Todo - Tudo.... Quando no singular está anteposto a substantivo ou adj. substantivado vale por 'cada', 'qualquer' ou 'inteiro', 'total', podendo vir ou não acompanhado do artigo.... Enquanto em Portugal não se faz a distinção formal entre 'cada', 'qualquer' e 'inteiro', 'total', usando-se quase sempre todo seguido de artigo ( Todo o homem é mortal), no Brasil, para o primeiro sentido, modernamente, dispensa-se o artigo (Todo homem é mortal) e para o segundo, o artigo é obrigatório (Toda a casa pegou fogo)...."

Said Ali (Gramática Secundária): "... O PORTUGUÊS ANTIGO RECORRIA FREQUENTEMENTE A ESTE SEGUNDO PROCESSO; MAS OS ESCRITORES MODERNOS, PRINCIPALMENTE DOS SEISCENTISTAS PARA CÁ, REVELAM A TENDÊNCIA DE MANTER O ARTIGO...."

Vasco Botelho de Amaral (Lisboa): " Pode-se afirmar que a tendência geral é para a posposição do artigo, norma hoje INCONTESTAVELMENTE predominante."

Vamos ressaltar estas palavras de Bechara: "... EM PORTUGAL NÃO SE FAZ A DISTINÇÃO FORMAL ENTRE 'CADA', 'QUALQUER' E 'INTEIRO', 'TOTAL', USANDO-SE QUASE SEMPRE TODO SEGUIDO DE ARTIGO (Todo o homem é mortal), no Brasil, para o primeiro sentido, modernamente, dispensa-se o artigo (Todo homem é mortal) e para o segundo, o artigo é obrigatório (Toda a casa pegou fogo)...."

Brasil, DOUTOR NAPOLEÃO: "CABE-NOS DIZER QUE ESSA DISTINÇÃO É GRATUITA E INFUNDADA" (DQVs. 1981 -Ed.Caminho Suave).

Logo, em Portugal NÃO SE FAZ DISTINÇÃO FORMAL ENTRE: Todo o homem (= o homem inteiro, o homem total) é mortal e Todo o homem (= cada homem, qualquer homem) é mortal. Não há, pois, distinção nenhuma de sentido.Ouçamos quem realmente entende do assunto:

Doutor Napoleão Mendes de Almeida, Dic. de Questões Vernáculas, 1981: "Todo o, Todos os -Escritores clássicos ora punham o artigo, ora não, após todo tanto quanto coletivo universal quanto quando adjetivo a significar inteiro: todo homem, todo o homem,.... É DE USO, e não de gramática ou de lógica, nem menos de eufonia, o trazer a palavra seguida de 'o', E DESDE JÁ PODEMOS AFIRMAR QUE SE NO PLURAL TODOS DIZEMOS 'todos os alunos' NÃO CABE JUSTIFICAÇÃO NENHUMA PARA A EXCLUSÃO DO ARTIGO DA EXPRESSÃO SINGULAR, QUE SEMPRE TEVE O MESMO SENTIDO DA FORMA PLURAL......."

Vamos ressaltar estas palavras de Bechara: "... EM PORTUGAL NÃO SE FAZ A DISTINÇÃO FORMAL ENTRE 'CADA', 'QUALQUER' E 'INTEIRO', 'TOTAL', USANDO-SE QUASE SEMPRE TODO SEGUIDO DE ARTIGO (Todo o homem é mortal)...."

Vamos comparar com estas do Dr.NAPOLEÃO: "....NÃO CABE JUSTIFICAÇÃO NENHUMA PARA A EXCLUSÃO DO ARTIGO DA EXPRESSÃO SINGULAR, QUE SEMPRE TEVE O MESMO SENTIDO DA FORMA PLURAL.....VINDO ANTES DO SUBSTANTIVO, TODO PODE OU NÃO SIGNIFICAR INTEIRO, MAS DEVE VIR SEGUIDO DE ARTIGO...." (DICIONÁRIO DE QUESTÕES VERNÁCULAS,1981 - DOUTOR NAPOLEÃO MENDES DE ALMEIDA).

Said Ali (Gramática Secundária): "Nomeando-se o indivíduo pela espécie inteira, o singular pelo plural, persiste o emprego do artigo, e é lógico que continue a usar-se o artigo quando se diga todo o leitor por todos os leitores, toda a ofensa por todas as ofensas. Mas designando-se o indivíduo pela espécie, confunde-se o conceito do número singular com o de qualquer indivíduo. Todo parece então sinônimo de qualquer, que exclui o emprego do artigo e daí a linguagem todo leitor, toda ofensa.MAS OS ESCRITORES MODERNOS, PRINCIPALMENTE DOS SEISCENTISTAS PARA CÁ, REVELAM A TENDÊNCIA DE MANTER O ARTIGO: Todo o homem neste mundo deseja melhorar de lugar (Vieira).... Todo o ministro enquanto não cai é grande (Herculano)......

NÃO PODE PRIVAR-SE DO ARTIGO O ADJETIVO SUBSTANTIVADO QUANDO SE LHE ANTEPÕE A PALAVRA TODO, EMBORA ESTE VOCÁBULO TENHA O VALOR DE 'QUALQUER': Todo o pobre [=qualquer pobre] receberá esmola. -Todo o cativo [=qualquer cativo] que levava punha consigo à mesa. -Todo o preguiçoso [=qualquer preguiçoso] gosta de levantar-se tarde..."

Dic.Laudelino,pág.4946(1940): " Todo, adj.Lat.totus.... 3. QUALQUER, seja qual for, CADA: 'Todo o homem é mortal' (Aulete). 'Todos os homens são mortais' (Aulete). 'Toda a classe de crimes' (Aulete). 'Todas as classes de crimes' (Aulete)."

Lello Universal ( De acordo com a Delta Larousse), pág.1035: " Todo (ô) adj. e pron. indef. (lat. totus). Exprime a universalidade das partes que constituem um conjunto; todos os homens. Diz-se de uma coisa, considerada na sua totalidade: trabalhar todo o dia. CADA, QUALQUER (NESTE CASO PODE-SE USAR TANTO NO SINGULAR COMO NO PLURAL) toda a planta cresce; todo o homem é religioso....."

Dic.Caldas Aulete,5a EDIÇÃO: "Todo.... // Qualquer, seja qual for, cada ( E NESTE CASO PODE-SE USAR TANTO NO PLURAL COMO NO SINGULAR ): todo o homem é mortal; todos os homens são mortais; toda a classe de crimes; todas as classes de crimes....."

Moderna Gramática Portuguesa, Evanildo Bechara: "Todo - Tudo.... Quando no singular está anteposto a substantivo ou adj. substantivado vale por 'cada', 'qualquer' ou 'inteiro', 'total', podendo vir ou não acompanhado do artigo.... Enquanto em Portugal não se faz a distinção formal entre 'cada', 'qualquer' e 'inteiro', 'total', usando-se quase sempre todo seguido de artigo ( Todo o homem é mortal), no Brasil, para o primeiro sentido, modernamente, dispensa-se o artigo (Todo homem é mortal) e para o segundo, o artigo é obrigatório (Toda a casa pegou fogo)...."

Brasil, DOUTOR NAPOLEÃO MENDES DE ALMEIDA:".... CABE-NOS DIZER QUE ESSA DISTINÇÃO É GRATUITA E INFUNDADA...."

Brasil,Said Ali:".... NÃO PODE PRIVAR-SE DO ARTIGO O ADJETIVO SUBSTANTIVADO QUANDO SE LHE ANTEPÕE A PALAVRA TODO, EMBORA ESTE VOCÁBULO TENHA O VALOR DE 'QUALQUER': Todo o pobre [=qualquer pobre] receberá esmola. -Todo o cativo [=qualquer cativo] que levava punha consigo à mesa. -Todo o preguiçoso [=qualquer preguiçoso] gosta de levantar-se tarde..."

Brasil, DOUTOR NAPOLEÃO: "Todo o, Todos os -Escritores clássicos ora punham o artigo, ora não, após todo tanto quanto coletivo universal quanto quando adjetivo a significar inteiro: todo homem, todo o homem,.... É DE USO, e não de gramática ou de lógica, nem menos de eufonia, o trazer a palavra seguida de 'o', E DESDE JÁ PODEMOS AFIRMAR QUE SE NO PLURAL TODOS DIZEMOS 'todos os alunos' NÃO CABE JUSTIFICAÇÃO NENHUMA PARA A EXCLUSÃO DO ARTIGO DA EXPRESSÃO SINGULAR, QUE SEMPRE TEVE O MESMO SENTIDO DA FORMA PLURAL......."

Américo Paz
Enviado por Américo Paz em 28/09/2012
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