Verbos i — Presentation Transcript ,com resposta das questões de gramática
Verbos i — Presentation Transcript
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1. Regulares e irregulares, abundantes, defectivos e anômalos.
2. Verbos RegularesAcompanhe o exemplo do verbo FALAR: Presente Pretérito Perfeito Radical Terminação Radical Terminação Fal o fal ei fal as fal aste fal a fal ou fal amos fal amos fal ais fal astes fal am fal aram
3. Verbos Irregulares
Veja o exemplo do verbo MEDIR:
Presente Pretérito Perfeito Radical Terminação Radical Terminação
meç o med i med es med iste med e med iu med imos med imos med is med istes med em med iram
4. Verbos Regulares X Verbos Irregulares
Regulares Irregulares: são aqueles que apresentam alterações no radical e/ou nas desinências.
verbos regulares: conjugação dos verbos seguem o modelo de sua conjugação, sem alterações no radical.
5. Verbos Anômalos: são aqueles que durante a conjugação apresentam transformações profundas no radical.
Os verbos SER e IR são os únicos verbos irregulares chamados de anômalos.
No verbo SER, existem radicais diferentes: sou, és, era, fui...
O mesmo acontece com o verbo IR, que apresenta as formas vou, fui e irei.
6. Ser x Ir : sou/és/é// somos/sois/são
vou/vais/vai//vamos/ides/vão
7. Verbos Abundantes: são aqueles que apresentam mais de uma forma em uma mesma flexão.
Isso ocorre geralmente no particípio, que tem uma forma regular e uma forma irregular (ou forma curta).
8. INFINITIVO PARTICÍPIO PARTICÍPIO IRREGULAR
aceitar aceitado Aceito, aceite
acender acendido aceso
eleger elegido eleito
entregar entregado entregue
enxugar enxugado enxuto
expressar expressado expresso
expulsar expulsado expulso
extinguir extinguido extinto
ganhar ganhado ganho
imprimir imprimido impresso
isentar isentado isento
matar matado morto
salvar salvado salvo
tingir tingido tinto
9. Emprego do Verbo Abundante
Normalmente, usa-se o particípio regular com os verbos auxiliares ter e haver .
Ex.Ainda não havia expressado minha gratidão.
verbo HAVER + particípio regular= Ela havia enxugado a mesa.
verbo SER + particípio irregular (forma curta) = A forma curta (irregular) é usada com os verbos ser e estar.
Ex.Minha gratidão não será expressa por palavras.
10. Emprego do Verbo Abundante
Particípio regular: TER e HAVER
Particípio curto: SER e ESTAR
Eu já havia limpado a cozinha.
A cozinha foi limpa por mim.
A fogueira de São João foi acesa pelos rapazes da festa.
A cozinheira tinha acendido o forno.
O aluno foi suspenso pelo diretor.
O diretor tinha suspendido o aluno.
11. Embora a norma culta não recomende, na linguagem cotidiana há preferência pelas formas curtas de certos verbos.
É o caso de pago, gasto, e ganho, usados com qualquer auxiliar (eu tinha pago, tinha ganho) e de pego (do verbo pegar) que, mesmo não sendo uma forma recomendada pelos gramáticos tradicionais, é consagrada pelo uso.
Ex.O rapaz tinha pago a conta ao padeiro.
A conta foi paga pelo rapaz.
12. Atenção:
1)Não existe a forma chego (de chegar), apenas chegado (verbo regular).
Ex. Eu tinha chegado quando você saiu.tinha chego ( não existe)
2) Não existe a forma falo ( de falar), apenas falado.
Ex. Eu tinha falado com você sobre isso. Ela tinha falo (não existe)
13. Verbos Defectivos
Defectivo: significa imperfeito, defeituoso.
São aqueles verbos aos quais faltam algumas formas.
É o caso de:
Verbos impessoais: que indicam fenômenos da natureza, tempo decorrido, verbo Haver no sentido de existir.
Tais verbos só se conjugam na 3ª pessoa do singular.
Ex.1) No Canadá, neva muito nesta época do ano.
2) Havia muitos alunos na cantina.3) Faz dez anos que não te vejo.
14. Verbos que indicam vozes de animais: latir, mugir, miar, cacarejar, relinchar, que só se conjugam na 3ª pessoa do singular (ele) e do plural (eles).
Ex. O cão de João late todas as noites.3ª p. singular
15. Verbos que não apresentam algumas formas, normalmente por motivos eufônicos; a maioria deles é de 3ª conjugação (ir).
1) abolir, banir, colorir, extorquir (não têm a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo);
Ex. ColorirEu a tela.Eu pinto a tela.Eu estou colorindo a tela. coloro
2) falir, precaver, reaver (no presente do indicativo só têm 1ª e 2ª pessoas do plural – nós, vós – ).
Ex.nós falimos, vós falis; nós reavemos, vós reaveis.
17. Verbos regulares e irregulares,anômalos, abundantes e defectivos
18. Exercícios de Fixação
1. Leia a frase e responda às questões.
a. Nessa frase, o emprego do particípio está adequado ou não?
O rapaz havia expulso os cães de seu jardim.
Resposta: Errado!
b. Justifique sua resposta e corrija a frase, se necessário.
Resposta: O certo é: O rapaz havia expulsado os cães de seu jardim.
2. Discorra (=reflita ou pense ou argumente) sobre a afirmação: os verbos Ser e Ir, além de verbos irregulares,também recebem a denominação de verbos anômalos.
Sim, a afirmação é correta, porque são verbos anômalos (apresentam alterações no radical.
3. Exemplifique sua resposta anterior conjugando os verbos no presente, no pretérito perfeito e no pretérito perfeito do indicativo.
4. Complete as frases com o particípio regular ou irregular do verbo abundante entre parênteses.
a. O rapaz havia ______________ os cartazes no quadro. (fixar)
b. Os atletas tinham _____________ Felício o capitão do time.(eleger)
c. Os melhores candidatos serão ______________ pelo povo.(eleger)
d. Se esse inseticida fosse bom, ele teria ____________ os insetos. (matar)
5. O verbo Estar mantém, durante toda a sua conjugação, o mesmo radical. Conjugando-o no presente do indicativo tem-se: estou, estás, está,estamos, estais, estão.
Trata-se de um verbo regular ou irregular?
Resposta: É um verbo regular.
Justifique. Porque é um verbo que o radical permanece inalterado.
6. Se possível, construa frases com os verbos abaixo,conjugando-os na 1ª pessoa do singular.
Reflita: os verbos mencionados, quando conjugados na 1ª pessoa do singular, são aceitos pela norma padrão ?
Justifique. - Nevar - Haver – Cacarejar - Colorir - Falir
Resposta:
São todos verbos defectivos, e na primeira pessoa, não são conjugados, embora o povo adotou uma forma regular para alguns deles, como o verbo coloro, nevo, cacarejo.
Na língua padrão, há de se usar a perífrase: Eu vou colorir, eu vou cacarejar, eu vou falir, vai haver muita festa aqui.
Exemplo de nevar: Em Santa Catarina, nevou nessa madrugada.
Exemplo de cacarejar: cacareja ou cacarejam;
Atenção no exercício acima solicitado, aparece o verbo nevar:
Pode-se conjugar o nevar: eu nevo no poema, eu nevo na sua vida, tu nevas na aldeia, nós nevamos em crises, vós nevais em tristeza, eles nevam em isolamento e dor.
São verbos que são conjugados na 3ª. pessoa do singular ou plural: ele cacareja e eles cacarejam...
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OBSERVAÇÃO FINAL:
Poeticamente ou estilisticamente (para a consideração de uma linguística que se distinga da gramática padrão e apele para a chamada gramática de uso (popular):
Carlos Drummond usa do verbo explodir, assim:
"...meu coração cresce dez metros e explode.
— Ó vida futura! nós te criaremos."
Fonte: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/m/mundo_grande_poema_drummond
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"Na chuva de cores / Da tarde que explode / A lagoa brilha" (Carlos Drummond de Andrade)
Hipérbole ou auxese é a figura de linguagem[1] que incide quando há demasia propositada [2] num conceito, expressa de modo a definir de forma dramática aquilo que se ambiciona vocabular, transmitindo uma ideia aumentada do autêntico. Em palavras mais simples, hipérbole é "expressar uma ideia de forma exagerada".
É habitual na linguagem corrente, como quando se pronuncia: "Já te ressalvei mais de mil ocasiões, para não retrocederes a proferir-me elevado!"
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%A9rbole_(figura_de_estilo)
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"Eu explodo..."
(22) Eu explodo de raiva.
O tratamento conferido aos usos de (20) e (21) reafirmam seu não pertencimento à
“norma culta”. Quanto a (22), reproduzimos o comentário abaixo.
Muitos gramáticos e dicionaristas consideram que “explodir” é verbo
defectivo, que, como tal, não deve ser usado na primeira pessoa do singular
do presente do indicativo. Para eles, numa situação como essa, o ideal – no
padrão culto da língua – seria dizer algo como “eu estou explodindo de
raiva”. Mostrando que a língua muda, o Houaiss e outros gramáticos já
admitem a forma “explodo” (MENAS O CERTO DO ERRADO, O
ERRADO DO CERTO, 2010, p. 33, destaque nosso).
O Museu da Língua Portuguesa parece querer se eximir de qualquer responsabilidade
pela prescrição ou não de explodo. O ponto de vista de “muitos gramáticos e dicionaristas” é
apresentado e ocupa dois terços da extensão do comentário. Em seguida, para mostrar que a
língua muda, afirma-se que Houaiss e outros gramáticos admitem a forma explodo. Apenas
aparentemente o museu se exime da responsabilidade, visto que (22) pertence a um conjunto
de ocorrências linguísticas denominadas como “erros”.
P.16, de texto virtual: Anais do SIELP. Volume 2, Número 1. Uberlândia: EDUFU, 2012. ISSN 2237-8758
Fonte: LINGUÍSTICA E GRAMÁTICA NORMATIVA NO MUSEU DA LÍNGUA
PORTUGUESA - Heloisa Mara MENDES - Universidade Federal de Uberlândia
hlsmnds@ileel.ufu.br
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