VEJA AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE ARREPENDIMENTO, COMPUNÇÃO, CONTRIÇÃO, PENITÊNCIA, PESAR, REMORSO, SEGUNDO ANTENOR NASCENTES
CONTRIÇÃO: Lástima dos pecados cometidos, a dor profunda e sincera, de haver ofendido a Deus.
PESAR: Recordação, penosa e molesta, da falta cometida.
REMORSO: Angústia da consciência, quando se perpetra um delito, falta grave.
COMPUNÇÃO: Sentimento vivo da contrição. Compungir-se é sentir uma contrição levada ao mais alto grau.
ARREPENDIMENTO: Ato de se arrepender, isto é, de experimentar sentido pesar do mal que fez, do erro ou da culpa cometidos, acompanhado de veemente desejo de emenda e reparação.
PENITÊNCIA: Arrependimento de pecados cometidos, acompanhado do desejo de sofrer penas que os regatem. Penitenciar-se é castigar-se, sofrer pena, por falta cometida e recordar-se delas.
UMA REFLEXÃO
Tais sentimentos e atos serão "privilégios" dos religiosos? Todos se reportam a pecados... Sendo assim, estarão os ateus livres dos sofrimentos da contrição? Uma religião como a cristã, em que quase tudo é proibido, até o pensar (pecaminoso), não seria o credo do eterno pesar? Será que o pensamento de Nietzsche sobre o Cristianismo é plausível?
Será que tais sentimentos e atos não dizem respeito também, ou mais, à ética? E tanto o ateu quanto o crente experimentam por conta de uma "lavagem cerebral" ideológica, levada a efeito pela elite dominante?
No caso do ateu, só por questão moral ou de sentimento de justiça?
Será que realmente há autênticos ateus. Penso que para ser ateu se requer um esforço de fé maior do que a do crente. E crente, será que há algum que não tenha dúvida alguma a respeito das coisas em que acredita, e que, realmente, tenha convicção indubitável do seu destino depois do túmulo?
Quanto a mim, sou um nada, que procura com veemente desejo entender sobre esses assuntos. E quanto mais busca menos entende!
Sou talvez um exemplar humano raro: Gostaria de ter uma pujante e confortadora fé, mas as dúvidas, tão condenadas pelas religiões, é o que mais tenho. Pelo menos isto: Sei que tudo o que existe na Natureza e no Universo não pode ter surgido do nada. Alguém de poder e saber infinitos os criou, como criou a vida com toda sua complexidade. A vida neste mundo sugere isto: Há potenciais criadores que nunca criaram nada. Porém, não existem obras ou artefatos que não tenham um autor.
Penso ainda: Feliz de quem tem fé suficiente a ponto de se compungir. Miseráveis quem não a tem. Ou será que o Super-Homem nietzscheano resolveria essa angústia existencial?
Quem pode oferecer alguma luz a esse intricado assunto?