Eis a Resposta Fundamental
Eduardo Carlos Pereira ( Gramática Expositiva,1907. Exemplar 0641): "O interrogativo -o que? embora condenado por ilustres gramáticos como Júlio Ribeiro, dr.Augusto Freire e outros, tem sido modernamente autorizado por escritores de bom quilate, como -A.Castilho, Garrett, A.Herculano, L.Coelho, Rabelo da Silva. Coincide com essas autoridades o uso popular."
Dr.Napoleão: "....NÃO CONSTITUI CONSTRUÇÃO SINTATICAMENTE LEGÍTIMA O EMPREGO DA FORMA 'o que' COMO PRONOME INTERROGATIVO,embora comum no linguajar do povo e,mais ainda, encontrado em bons escritores: O que sois (G.Dias)-O que será,padre?(Garrett)....-O que era isto? (Camilo)-O que são sílabas?(Aulete).Também o espanhol luta com o popular interrogativo 'el que'.NÃO É CONSTRUÇÃO LEGÍTIMA,PORQUE O 'O'(OU 'EL' ESPANHOL)NENHUMA FUNÇÃO SINTÁTICA FICA EXERCENDO NA ORAÇÃO......"
Conclusão: Não estamos discutindo quem é favorável ou não, quem autoriza ou não tal uso, mas sim e tão somente analisando e perguntando: Que função o artigo está exercendo nesta e em outras orações afins: "O" que isto?
Resposta:Nenhuma! E NENHUMA FUNÇÃO não significa que seja aí expletivo ou qualquer outra coisa.
Ora,homens de ciência,não há como justificar o injustificável: Que é isto? NADA JUSTIFICA O EMPREGO ERRADO DO ARTIGO "O" ANTES DO INTERROGATIVO "QUE" GENUÍNO, CASTIÇO, NO INÍCIO DE UMA ORAÇÃO, EXCETO O ESCURECIMENTO DA NOÇÃO E A CONFUSÃO DE SEUS USUÁRIOS (A quem quiser, recomendo a leitura do T 3822994).
O QUE É NÃO PODE SER E NÃO SER AO MESMO TEMPO: QUID NOVI? =QUE HÁ DE NOVO? (E NÃO: "O" QUE HÁ DE NOVO?) Quando INTERROGATIVO, que, no INÍCIO de uma oração, NÃO deve em hipótese alguma trazer o artigo o: Que é cacofonia? Que é isto? Que? Que há? Que lhe parece?
Eis a resposta fundamental: "Feliz o que transmiti o que sabe, e aprende o que ensina"(Cora Coralina).