REGÊNCIA CULTA E REGÊNCIA POPULAR
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A regência se ocupa de estudar essa relação entre as palavras. Na língua falada, no entanto, nós aprendemos a regência naturalmente, no dia-a-dia. Ninguém precisou ensinar para nós que quem gosta, gosta de alguém. Só que a gramática, muitas vezes, estabelece formas diferentes das que utilizamos na linguagem cotidiana. Ao compararmos as frases cultas, principalmente escritas, a frases populares percebemos algumas diferenças no uso de determinadas preposições, caracterizando diferentes regências. Um bom exemplo é o verbo [ir]. A maioria dos falantes de nossa língua diria:
• Gosto de ir na igreja.
O exemplo mostra o verbo [ir] seguido da preposição [em + a = na]. Essa é a regência mais comum no Brasil para o verbo [ir]: ir em algum lugar.
Mas o texto formal, para que possa ser considerado correto, o verbo [ir] rege (exige) a preposição [a], implícita na forma contraída (a+a = à):
• Gosto de ir à igreja.
Essa variação entre a regência culta e a popular não significa uma diferença absoluta. Há casos em que tanto na regência culta como na popular a preposição é a mesma. O verbo gostar, por exemplo, sempre rege a preposição [de]. ®Sérgio.
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