Linguagem e literatura marginal.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
LICENCIATURA EM LETRAS
Linguística B
Profº Rosimery
RESENHA(sujeita a alterações)
Resenha do Simpósio Temático de Comunicação Individual do II SINIEL das palestrantes Neuza Maria Sant’ Anna de Oliveira e Thaiana de Assis Santana.
“Linguagem e Literatura Marginal.”
Elizabhett Costa.
Tendo como objetivo analisar as relações existentes entre a literatura marginal e a linguagem, Neuza Maria e Thaiana de Assis utilizaram para elaborar seu competentíssimo trabalho a metodologia bibliográfica, objetivando compreender as produções escritas dos livros produzidos pela periferia. As palestrantes classificaram a pesquisa como enquadrada na linha de estudo linguagem e sociedade, pois busca observar a forma de comunicação escrita de um determinado grupo social.
Introduziram a apresentação do trabalho indagando sobre “o que é a linguagem?” Apresentando uma definição retirada do dicionário e outras construídas a partir de suas leituras, continuam explicando a linguagem e a literatura marginal de uma maneira clara, concisa e bem objetiva.
A partir da construção de um conceito apresentado sobre a linguagem, Neuza Oliveira e Thaiana Santana, procuram relacionar dois componentes da linguagem: a forma e a função. As pesquisadoras dizem de uma maneira interessante, relevante e dinâmica que “A literatura é uma forma de linguagem e, por isso, não precisa ser estudada separadamente da linguagem, pois não a exclui”.
Utilizando-se como fundamentação teórica, as dedicadas pesquisadoras escolheram trabalhar em sua pesquisa, principalmente, baseando-se nos conceitos que Vygotsky e Piaget abordam sobre a linguagem. Segundo os dados que elas encontraram na pesquisa, constataram que a literatura tradicional desprivilegia a periferia e conseqüentemente privilegiando um especifico espaço linguístico (mais formal e de melhores condições econômicas).
Continuando a explicação do desenvolvimento da pesquisa, Oliveira e Santana buscaram explicar a Literatura Marginal, ou seja, a produção literária oriunda da periferia, que em consequência estão à margem da sociedade mais prestigiada (“culta”), literariamente falando. As pesquisadoras mostraram de maneira eficiente, fundamentada e bastante convincente que a marginalidade da Literatura Marginal, nada mais é que um caso de preconceito linguístico.
Nas considerações finais, Neuza Maria e Thaiana de Assis afiram que devemos respeitar as variações linguísticas e não marginalizá-las, pois é na interação com os demais que a linguagem acontece, é no social. Independente do “certo” ou “errado” prescrito pela gramática normativa. Temos que ter a consciência das variedades linguísticas e tentar conhecer outras formas de se expressar/comunicar, de utilizar as variações linguísticas do seu grupo social ou até mesmo de outros grupos.