TENTANDO CORRIGIR [NOSSO ENTENDIMENTO]

Depois de refletirmos atentamente sobre o texto “TENTANDO CORRIGIR”, do ilustre recantista EGON WERNER, resolvemos, como simples estudioso da Língua Portuguesa, expressar nosso humilde entendimento acerca do assunto ali tratado, ou seja, de que não há nenhuma impropriedade gramatical em se construir a sentença “— Professor, o senhor já 'corrigiu' as provas?”, o que fazemos com espeque no seguinte.

Segundo ensina o grande e imortalizado dicionarista FRANCISCO FERNANDES:

“CORRIGIR. Sin. Emendar, reformar, melhorar, consertar, retocar, reparar, expurgar, sanar, sarar: ‘Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir.’ (M. Assis).” (Dicionário de Sinônimos e Antônimos da Língua Portuguesa, Editora Globo, 38ª ed., 1999, p. 247).

A última edição do Grande Dicionário HOUAISS [2009], para nós, o mais completo e atualizado, na entrada do verbo CORRIGIR, consigna e exemplifica:

“Derivação: por extensão de sentido.

verificar ou avaliar a exatidão das respostas em (prova, teste etc.)

Ex.: o professor corrigiu os testes”

Entretanto, jamais nos esqueceremos de que “As razões da divergência são mais úteis do que as da concordância, porque suscitam reflexão e o reexame de nossas opiniões.” – B. Calheiros Bomfim.

A Língua Portuguesa — sempre o sustentamos — tem lá seus mistérios e caprichos...

David Fares
Enviado por David Fares em 16/03/2012
Reeditado em 16/03/2012
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