“QUE DEUS O ABENÇOE” OU “DEUS O ABENÇOE”?

Tanto faz construir "Que Deus o abençoe" ou "Deus o abençoe".

O nosso grande HERÁCLITO GRAÇA escreveu:

“Não é francesismo nem erro principiar o período com o vocábulo “que” nas proposições de modo subjuntivo optativas.”

RUI BARBOSA, por sua vez, mestre soberano no uso do vernáculo, pontificou: “Gramáticos abalizados qualificaram de francesismo vulgar o emprego da conjunção QUE no começo das proposições imprecativas e optativas. Não têm razão, porém, esses mestres.”

Com efeito, quando dizemos, por exemplo: “Que Deus o abençoe”, — queremos, na verdade, dizer: “Desejamos que Deus o abençoe”.

Além do posicionamento desses dois grandes cultores do idioma pátrio, há o fato e há também o exemplo dos nossos grandes escritores: “Que as asas postais o levem...” (Machado de Assis, Memorial de Aires, p. 765).

É ou não curiosa e apaixonante nossa inigualável Língua Portuguesa?

David Fares
Enviado por David Fares em 16/03/2012
Reeditado em 17/03/2012
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