O VOCÁBULO “RESPEITO” DEVE VIR DETERMINADO

O vocábulo RESPEITO, segundo se extrai do abaixo expendido e dos exemplos que se seguem, deve vir DETERMINADO.

“Um cidadão, por nome de M. Elias, dirigiu a ‘este respeito’ uma carta ao Jornal do Comércio.” (Machado de Assis, A Semana, II, p. 150)

“Um escritor célebre, admirador da América, ponderou a ‘tal respeito’...” (Machado de Assis, A Semana, II, p. 210)

“Um amigo, que o encontrou, interrogou-o a ‘esse respeito’.” (Machado de Assis, Contos Fluminenses, II, p. 192)

Muitos, porém, redigiriam este último período assim: “Um amigo, que o encontrou, interrogou-o a respeito.”

Doutrina, a propósito, B. SAMPAIO: “A respeito deve ser determinado: Estude o negócio e providencie-se a respeito ‘dele’; leia a poesia e diga alguma coisa a respeito ‘dela’; estou pensando na proposta e logo mais direi o que penso a ‘este’ respeito.” (Falar Certo, Editora Melhoramentos, 1939, p. 72).

Conquanto não sejamos dono da verdade, sempre sustentamos e adotamos esse clássico ensinamento. Entretanto, jamais nos esqueceremos de que “As razões da divergência são mais úteis do que as da concordância, porque suscitam reflexão e o reexame de nossas opiniões.” – B. Calheiros Bomfim.

É ou não curiosa e apaixonante nossa inigualável Língua Portuguesa?