Mais Palavras Vindas Da Mitologia Greco-Romana. Mais Etimologias...
1)Nectar: Substância produzida pelas flores, da qual os insetos e certas aves usam para se alimentar. Ao colher o nectar, lambuzam-se nos polens contidos nas anteras e promovem a polinização de outras plantas. É também hoje o que, grosso modo, chamamos de polpa de frutas, vendida nos supermercados. Na mitologia grega, era uma bebida revigorante que alimentavam os deuses; os homens não a conheciam.
2) Ambrosia: Doce caseiro, muito popular. Na mitologia grega, era outro alimento exclusivo dos deuses.
3) Atlas: Livro de mapas. Ao publicar seus mapas (sec. XVI), Mercator o colocou na capa do seu livro. Daí, então, toda coleção de mapas de chama atlas. Na mitologia grega: Zeus, ao vencer o titã Atlas, condenou-o a ficar sustentando o céu nas costas. Olhando-o, Medusa o petrificou na cadeia montanhosa do norte africano.
4)Hipnotismo: Sono induzido pela hipnose ou por medicamentos hipnóticos. Na mitologia grega, Hipnos era o deus do sono.
6)Morfina: Palavra vinda de Morfeu (filho de Hipnos), o deus dos sonhos.
7)Pânico: Medo, às vezes irracional, marcado pela vontade de fugir. Vem de Pan; na mitologia grega, um deus chifrudo cujo corpo da cintura para baixo era de bode, que vivia correndo atrás das ninfas nos campos e bosques.
8) Sirene: Ruído barulhento das ambulâncias e carros policiais. Deriva de sereias, na mitologia grega, aves monstruosas com cabeça de mulher, cujo lindo canto atraia os navegantes para devorá-los. Eram terríveis, que complicou muito o retorno de Ulisses para sua Ítaca e para sua doce Penélope, depois de passar dez anos guerreando na Guerra de Tróia. Os horrores por que esse herói passou foi narrado por Homero na Odisseia.
9) Nomes dos planetas: Como Júpiter, Netuno, Plutão, Vênus, Mercúrio vieram de nomes de deuses da mitologia romana, que em grego tinham outros nomes.
10) Narcisismo: Vaidade exagerada da própria imagem. Por recusar a ninfa Eco, o belo rapaz Narciso foi amaldiçoado a apaixonar-se pela própria imagem na água ,e, por não conseguir concretizar a paixão, suicidou-se por afogamento.
6) Eco: Reflexão do som, que volta ao ouvido do emissor, depois de produzido. Quando são muitas as reflexões, a ponto de se tornarem indistinguíveis (ou quando a distância entre o emissor do som e o obstáculo não é suficiente para produzir um eco claro), fala-se em reverberação. A palavra vem da ninfa Eco.
7) Complexo de Édipo: Conceito fundamentel em psicanálise, criado por Freud (final do sec XIX). A sexualidade da criança ocorre em três fases: A oral ( focaliza o prazer no seio e na ingestão dos alimentos); a anal (o prazer se focaliza excreções); a fálica ( o prazer se focaliza nos nas genitálias). O complexo de Édipo (complexo nuclear das neuroses) ocorre na fase fálica (4,5, 6 anos): Os meninos desejam a mãe; as meninas, o pai. Tais desejos são pulsões do id. O superego ( formada pela razão, pela moral e pelas normas de conduta) censura, impedindo o id dessa satisfação. O ego (a consciência humana), impulsionado pelo id e limitado pelo superego, busca satisfazer o id sem transgredir o superego. No CE, os meninos veem o pai como ameaça, mas busca identificar-se com ele; as meninas desejam ganhar um bebê do pai, mas se desiludem por não conseguir. O CE caracteriza-se por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade e é derrubado nos meninos pela ameaça da castração; já a menina acredita que a castração já ocorrera. Durante o CE, a criança sai do plano dos impulsos/instintos e entra noutro mais racional; a que não consegue sair do plano ilusório da super proteção para o da cultura se psicotiza.
Foi na mitologia grega que Freud foi buscar a expressão que precisava para nomear o que descobriu no id: Édipo era filho de Laio e Jocasta. O Oráculo de Delfos, segundo a lenda grega, alertou Laio (rei de Tebas) de uma maldição: Seu filho o mataria e se casaria com Jacosta. Laio o prendeu no monte Citerão com um prego em cada pé para que menino ali morresse. Este foi recolhido por um pastor, que o batizou com o nome Edipodos (pés-furados), depois adotado pelo rei de Corinto. O mesmo Oráculo dá-lhe a mesma previsão que deu a Laio: Que mataria o pai e desposaria a mãe. Achando se tratar de seus pais adotivos (que Édipo achava ser biológicos), fugiu e, no caminho, encontra e mata um homem, depois duma discussão. Havia uma Esfinge que aterrorizava Tebas, mas Édipo a vence ao decifrar este enigma: Qual animal tem 4 patas de manhã, 2 ao meio-dia e 3 à noite?. Responde: O homem. Vai a Tebas e se casa com Jocasta. Por ocasião duma peste, ao consultar o Oráculo, eles descobrem tudo. Ela se suicida; ele se cega. Ao sair do palácio, o Corifeu avisa a Édipo que Creonte ocupara o trono. Édipo se exila e pede que Creonte crie as filhas dele.
Fontes: Entre outras, a principal: A Wikipédia.