Isto Dói: "Iremos Estudarmos"
O mundo regurgita de preguiçosos. Estes não trabalham nem querem
estudar. Mas, pelo amor de Deus, não agridam, seus preguiçosos, os tímpanos indefesos dos interlocutores nem firam de morte a Língua Portuguesa com expressões extravagantes tais como:
Não vamos trabalharmos
Não iremos estudarmos
Se quiserem, podem até dizer assim:
Vamos vagabundar
Iremos arruaçar
Vocês não terão, com certeza, um futuro promissor, mas, pelos menos, não maltratam o vernáculo!
Bom! Para o uso do infinitivo pessoal (aquele que se refere a alguma pessoa do discurso), duas normas básicas devem ser observadas:
Quando, num período composto por subordinação, o sujeito do verbo da oração principal não coincidir com o do infinitivo (na oração subordinada), quando isso ocorrer, deve-se flexionar o infinitivo:
(EU) Vim de Campina Grande para (NÓS) estudarmos.
Está claro: 'Vim' tem EU como sujeito. O sujeito de 'estudarmos' é NÓS.
(TU) Vieste aqui para (ELES) trabalharem?
A outra norma essencial é evitar flexionar o infinitivo de uma locução verbal: Vamos comermos (ai!), por exemplo.
Em se agindo conforme o recomendado acima, há poucas possibilidades de erros no uso do infinitivo pessoal ( o impessoal, é claro, nunca se flexiona!).
Por exemplo, neste caso:
É preciso os jovens ESTUDAREM para que tenham um futuro melhor.
Nesse exemplo, como o sujeito está claro na oração, penso haver poucas possibilidades de erros.