"ANTES do P e do B só se escreve o M". POR QUÊ?

Quem se dá o trabalho de me ler aqui deve ter percebido que sou um incorrigível perguntador. É que não me contento muito com regras. Gosto mesmo é de encontrar os princípios norteadores daquelas. E isso gera muitas dúvidas, e, portanto, indagações, por cujas respostas anelo.

Vejamos estas palavras: Tempo, campo, tanto, canto, vento, possante, embaixo.

O M e o N aí não são consoantes. Elas são apenas uma letra cuja função é nasalizar a vogal anteposta, com a qual forma um dígrafo (duas letras juntas para pronunciar um único som, o fonema).

O princípio da regra acima, até que intuimos : O B e o P, por serem bilabiais (zona de articulação) pedem M, por ser esta bilabial também. O som do N não é articulado bilabialmente.

O porém é que, na prática, não fazemos distinção alguma entre o M e o N, a não ser quando o M e o N estão no final das palavras. Mas, aqui, não entra a regra do P e B: Também, porém, animem, eden, item, poupem.

Uma outra pergunta que não seria de um todo impertinente: Por que, em vez do M e do N, não se usa o til para nasalizar as vogais em questão? Alguém responderia: Porque o M e o N nasalizam também

o I e o U, casos em que o diacrítico (o til) não é usado. Mas, e por que ele não é usado?

Abraços!

Só uma observação: Não devemos apenas memorizar as regras gramaticais. Isso é bom e necessário. Mas o importante mesmo é pensarmos a língua, questionar os princípios e as próprias normas, fazer uma espécie de Filosofia do Idioma. Que pensam vocês?

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 10/02/2012
Reeditado em 14/02/2012
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