Argumento, Pretexto, Explicação e Falácia
Qualquer afirmação que é apoiada em outras é um argumento. Em um conjunto de afirmações, temos as premissas e a conclusão. Não há argumentos verdadeiros ou falsos; há válidos e inválidos.
Se você disser: Todo brasileiro é latino americano. Eu sou latino americano. Logo, sou brasileiro. Este argumento não é válido, pois, pelas premissas, não se pode tirar essa conclusão.
Porém, se você fizer estas afirmações : Todo brasileiro é latino americano; eu sou brasileiro; logo, sou latino americano, eis um argumento válido. As duas premissas permitem chegar a essa conclusão.
Falácia é um argumento inválido com aparência de válido. Ela serve para enganar os mais incautos.
Argumentos inválidos, mas autoevidentes como tais, não enganam. Logo, não são falácias.
O primeiro conjunto de afirmações acima são inválidos, mas não falácias.
Explicação difere de argumento na questão da conclusão. No argumento, a conclusão tem que ser tão plausível quanto as premissas. Na explicação, isso não é necessário. Quando um médico diz o porquê de um paciente está perdendo a visão, elencando uma série de motivos e implicações, o paciente pode não entender nada das “premissas”, mas da “conclusão” entende com muita clareza. No argumento, tão clara quanto a conclusão, estão as premissas.
No pretexto, alude-se a um motivo que não é o verdadeiro. Ele serve para esconder a verdadeira razão.
Você combina com uns amigos para irem a um show de um artista do qual você é fã. No dia, não vai à festa porque estava sem dinheiro. Quando encontra seus amigos, você “explica” que não foi porque estava chovendo forte e teve medo de sair de casa. O “motivo” chuva foi só o pretexto.