“EU O/A ABRAÇO” OU “EU ABRAÇO-O/A”?

Trata-se de matéria ainda polêmica na Língua Portuguesa. Segundo os estudiosos do idioma, NÃO é certo asseverar que os pronomes do caso reto [eu, tu, ele, nós, vós, ele] ATRAEM os pronomes oblíquos átonos [me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes] para ANTES do verbo [caso de PRÓCLISE], porque tal assertiva NÃO se apoia nos fatos da Língua. Exemplos de escritores clássicos comprovam esse fato:

“Eu contemplava-os...” (Machado de Assis, Poesias Completas, p. 382).

“Ela via-o marchar com outros...” (Camilo Castelo Branco, Novelas, I, p. 95).

“Hermengarda, Hermengarda, eu amava-te muito!” (Alexandre Herculano, Eurico, p. 43)

“Tomando os atalhos mais curtos, eu encaminhei-me sozinho para o Calpe...” (Alexandre Herculano, Eurico, p. 58).

“Eu me embrulhava amplamente na opa...” (Raul Pompéia, O Ateneu, p. 96).

É ou não curiosa e apaixonante nossa inigualável Língua Portuguesa?

David Fares
Enviado por David Fares em 21/10/2011
Código do texto: T3289582
Classificação de conteúdo: seguro