“FAZER” AS UNHAS, O CABELO, A BARBA...
“Fazer o cabelo”, “a barba”, “as unhas”, “um passeio”, etc., bem como outros indiscriminados usos do verbo FAZER constituem, na visão dos puristas e dos estudiosos do nosso idioma, galicismos consagrados, mas de todo evitáveis. Dizem eles que essas expressões não seriam portuguesas.
Por isso, recomendam — e só recomendam — os puristas e os estudiosos do idioma, que se recorra a verbos mais adequados e precisos da nossa língua, tais como: “aparar” as unhas, “limpar” as unhas, “aparar” ou “cortar” o cabelo, “dar” um passeio, etc.
Nada obstante, até mesmo o grande e insubstituível MACHADO DE ASSIS deixou escapar a seguinte construção “condenada”: “Não se trava do timão do Estado para FAZER UM passeio de gôndola veneziana...” (Crônicas, II, p. 137). [destacou-se].
É ou não curiosa e apaixonante a nossa Língua Portuguesa?