A IMPESSOALIZAÇÃO DE VERBOS

Verbos & Dúvidas

 

Não é novidade para ninguém que o brasileiro, quando fala, não dá muita importância à concordância. A nenhum tipo de concordância! Assim é que na nossa fala cotidiana se tornou comum a ocorrência de frases sem a concordância verbal exigida pela gramática normativa. Entretanto, no texto formal é necessário que a concordância esteja absolutamente rigorosa.

Por isso devemos tomar cuidado com os verbos que usamos intransitivamente, isto é, sem complemento verbal. Quando esses verbos vêm antes do sujeito, há uma tendência à impessoalização deles; em outras palavras, não concordarmos o verbo com o sujeito da expressão. Veja os exemplos:

   Segue em anexo os documentos.

   Basta duas crianças para a casa virar do avesso.

   Falta dois minutos para a meia-noite.

   Ainda persiste as dúvidas.

   Sobrou muitos doces e salgados.

Os exemplos acima estão incorretos de acordo com a gramática normativa, cuja regra exige a pluralização do verbo quando o sujeito está no plural. Portanto, muito cuidado, principalmente com os verbos: faltar, sobrar, seguir, bastar, persistir:

   Seguem em anexo os documentos.

   Bastam duas crianças para a casa virar do avesso.

   Faltam dois minutos para a meia-noite.

   Ainda persistem as dúvidas.

   Sobraram muitos doces e salgados.

Colocar essas expressões na ordem direta, ou seja, o sujeito antes do verbo, onde teríamos melhor visualização do sujeito, não é "de praxe". Veja:

   Os documentos seguem em anexo.

   Duas crianças bastam para a casa virar do avesso.

   Dois minutos faltam para a meia-noite.

   As dúvidas ainda persistem.

   Doces e salgados sobraram muitos. ®Sérgio.

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Se você encontrar omissões e/ou erros (inclusive de português), relate-me.

Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 06/09/2011
Código do texto: T3204849