“DE QUANDO EM QUANDO”, “DE VEZ EM QUANDO”, “DE ONDE EM ONDE”, “DE QUANDO EM VEZ”

DE QUANDO EM QUANDO, DE VEZ EM QUANDO, DE ONDE EM ONDE, DE QUANDO EM VEZ, são locuções adverbiais equivalentes. A última, entretanto, é condenada por alguns vernaculistas, por causa da escassez de documentação clássica. CAMILO CASTELO BRANCO, todavia, serviu-se dela. VASCO BOTELHO DE AMARAL procura explicá-la por cruzamento. “DE VEZ EM QUANDO” e “DE QUANDO EM QUANDO”, por sua vez, têm a chancela dos melhores escritores:

Exemplos:

"Começou o naturalista a mastigar com a lentidão de um animal ruminante interrompendo de vez em quando o moroso exercício..." (Visconde de Taunay, Inocência, p. 84).

"De quando em quando ia ao piano..." (Machado de Assis, Várias Histórias, p. 67).

SÍLVIO ROMERO, em História da Literatura Brasileira, I, 80, escreveu: "A literatura não se tem limitado a chorar e maldizer; de quando em vez também se tem ouvido o riso franco da jovialidade...".

David Fares
Enviado por David Fares em 03/09/2011
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