O USO DO PRONOME OBLÍQUO ÁTONO ENTRE DOIS VERBOS
Dizia o festejado OTONIEL MOTA que não se deve abandonar um pronome oblíquo átono entre dois verbos. Ensinava o citado mestre que o pronome oblíquo átono pode ser comparado a um parasito: vive sempre agarrado a um tronco... O tronco, no domínio gramatical, é o verbo. Assim, a bem do idioma, deve-se prender o pronome oblíquo átono ao primeiro verbo ou ao segundo. É preferível prendê-lo ao segundo, quando este está no INFINITIVO.
Exemplos:
“Não se deve dizer: Eu desejaria lhe dar umas laranjas, mas: Eu desejaria dar-lhe umas laranjas.” (Otoniel Mota, Seleta, p. 21).
“Afanava-se em liquidar o devia pertencer-lhe da meação do casal...” (Camilo Castelo Branco, Novelas do Minho, I, p. 60).