Reflexão e Ação 10
Casos especiais de concordância verbal também são para ocasiões especiais, exceto pelo verbo HAVER quando é impessoal (sem sujeito), ou o verbo SER em sequência de datas, horas entre outros usos mais recorrentes.
Normalmente, construímos períodos nos quais o verbo HAVER é impessoal. Na frase “Havia belos poemas nas obras de Drummond” o verbo HAVER não pode ser flexionado em número, porque não há sujeito na frase e o referido verbo faz sinônimo com EXISTIR. Quando esse fenômeno acontecer, nunca podemos escrever o verbo HAVER no plural.
Agora, observe essa frase “As crianças haviam se escondido durante a brincadeira”. Nesse caso, ocorreu a concordância verbal porque existe sujeito para o verbo HAVER. “As crianças” (sujeito plural) concordou com “haviam”. Entenda da seguinte maneira: Verbo HAVER, sem sujeito, e com sentido de EXISTIR, TER ou ACONTECER não vai para o plural. Mas, toda vez o verbo HAVER tiver sujeito no plural, flexione-o sem medo.
Algumas construções do verbo SER podem nos parecer estranhas. Em “Daniela é as esperanças do namorado” e “Isto são alegrias inesquecíveis”, como pode o verbo SER flexionar numa frase e não na outra? Para esse caso é necessário saber que o verbo SER faz sua concordância normalmente com o sujeito variável (Daniela), entretanto quando a frase é construída com palavra invariável (Isso, Aquilo, Tudo, Isto) a concordância é feita com o predicativo (alegrias), que está no plural.
Cabeçalho de escola pode deixar de ser um problema, seguindo-se a seguinte regra para o verbo SER.
Observe: Hoje são dezenove de agosto.
Ou
Hoje é dia dezenove de agosto.
Ambas as frases estão corretas. O que precisa ser definido é se no cabeçalho vai aparecer a palavra Dia. Na supressão desse vocábulo, o verbo precisa concordar com o numeral.
Confie em sua gramática intuitiva de concordância verbal, porém na dúvida recorra às regras. Elas estão para nos servir.
Abraços.