“ENTRETANTO”, “NO ENTANTO” E “NO ENTRETANTO”
Existem em português as expressões ENTRETANTO, NO ENTANTO e também NO ENTRETANTO. O uso dessas expressões é, todavia, distinto.
ENTRETANTO e NO ENTANTO são expressões sinônimas e quivalem a PORÉM, TODAVIA, NÃO OBSTANTE, etc.
Exemplos:
O professou falou muito, ENTRETANTO não me convenceu.
O professor falou muito, NO ENTANTO não me convenceu.
NO ENTRETANTO, ainda que se trate de expressão em desuso, significa “entrementes”, “ínterim”, “meio-tempo”.
Exemplos:
"No entretanto, o professor, concluída a reforma do Calepino, andava por portas dos sócios da Academia Real das Ciências." (Camilo Castelo Branco, Noites de Lamego, p. 30).
O professor já havia iniciado a aula, quando, NO ENTRETANTO, foi chamado pela direção.
O professor saiu da sala um instante, NO ENTRETANTO os alunos trocaram as provas.
Quanto ao uso da expressão NO ENTRETANTO, ensina o insubstituível gramático NAPOLEÃO MENDES DE ALMEIDA:
“No entanto, entretanto – Hoje ou se diz no entanto ou, simplesmente entretanto; cai em desuso a forma no entretanto.” (Dicionário de Questões Vernáculas, Editora Ática, 4ª ed., 1998, p. 364).