SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
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Como Distinguir
As Orações Subordinadas Substantivas têm valor e funções próprias do substantivo – sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal e aposto.
A função sintática das subordinadas substantivas depende exclusivamente da estrutura da oração principal. São iniciadas pelas conjunções integrantes [que] que denota certeza e [se] que exprime incerteza: Os alunos não sabem / que o professor pediu demissão.
● Os alunos não sabem / se o professor pediu demissão.
Podem também começar - nas interrogativas indiretas - pelos pronomes indefinidos quem, qual, quanto, que, e pelos advérbios como, quando, onde, porque, quão: Ignora-se / como se deu o acidente.
● Perguntei / quando seríamos recebidos.
● Ignoro / qual seja o problema.
● Eu não tenho / onde morar.
● Ninguém imagina / qual será seu amanhã.
Quando a oração é substantiva, quase sempre pode ser substituída por um substantivo ou por um pronome substantivo (isto, isso, aquilo):
● Ignora-se / como se deu o acidente. => Ignora-se isso.
● Nossos votos são / que os alunos vençam.
● Nossos votos são (isso) / a vitória...
As Orações Subordinadas Substantivas compreendem seis espécies.
1ª. Subjetivas – funcionam como sujeito do verbo da oração principal:
● Parece / que a situação melhorou. (o que parece?)
Dicas - As orações subst. subjetivas vêm, geralmente, pospostas:
Aos verbos de ligação + predicativo: é bom, é útil, é necessário, é fato, está patente, ficou claro, etc.:
● É necessário / que tenhas paciência.
● É bom / que você venha. É possível / que o homem vá a Marte.
As expressões na voz passiva: sabe-se, é sabido, conta-se, diz-se, dir-se-ia, ficou decidido, ficou provada, foi anunciado, etc.:
● Sabe-se / que ele é rico. Conta-se / que ele já esteve preso.
● Ficou decidido / que não haveria convites.
Aos termos verbais - convém, cumpre, importa, consta, releve convém, cumpre, importa, releva, urge, consta, parece, ocorre, acontece, sucede, basta, agrada, apraz, admira,dói, espanta, satisfaz, importa, etc. – quando empregados na 3ª. pessoa do singular:
● Aconteceu / que não o encontrei em casa.
● Parece / que choverá logo mais.
2ª. Objetivas Diretas – funcionam como objeto direto do verbo da oração principal. Há, na oração principal, um substantivo ou pronome funcionado como sujeito. A maneira prática de identificá-las é perguntar, depois do verbo da principal, [o quê?]:
● Eu espero (o quê?) / que ninguém cole.
● Mariana esperou (o quê) / que o marido voltasse.
● Perguntaram (o quê?) / quem era o dono da fábrica.
● (eu) Ignoro (o quê?) / quantos são os desabrigados.
3ª. Objetivas Indiretas – funcionam como objeto indireto. As indiretas são regidas por uma preposição, por exigência do verbo da principal: Insisto / em que partas. (quem insiste, insiste em alguma coisa)
● Não me oponho / a que viaje. Lembre-se / de que a vida é breve.
● (nós) Daremos o prêmio / a quem merecer.
Quando a preposição que introduz as objetivas indiretas e completivas nominais é [de], esta, pode vir omitida: Gosto / que você fique. Para sabermos se foi omitida é só colocarmos a preposição: Gosto / de que você fique.
4ª. Completivas Nominais - Tem a função de complemento nominal, ou seja, completa um substantivo ou adjetivo da oração principal. É regida por uma preposição por exigência do nome (subst. ou adj.):
● Tenho plena confiança / em que tudo dê certo.
● Estava ansioso / por que voltasse. Sê grato / a quem te ensina.
5ª. Predicativas – funciona como predicativa do sujeito. A subordinada predicativa sempre trás, na principal, o verbo [ser] acompanhando o sujeito. Não há na norma culta, predicativa com outros verbos de ligação: Nossa esperança é / que chova ainda este mês.
● Não sou / quem você pensa. Os meus votos são / que triunfes.
6ª. Apositivas – servem de aposto (de um substantivo ou pronome). Ocorre após dois pontos ou entre vírgulas - neste último caso ficará no meio da oração principal:
● Aquele sonho, que o filho volte, continua a acalentar a mãe.
● Existe no presídio esta lei: que ninguém denuncia ninguém.
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Para saber mais sobre o assunto de texto ver: Cegalla, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. Ed. Nacional, São Paulo, 1988. / André, Hildebrando A. de – Gramática Ilustrada – 5ª ed. – São Paulo: Moderna, 1997.
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