A VÍRGULA COM "E / OU / NEM"
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Anotações Gramaticais
Não use vírgula antes de e, ou e nem, a não ser nas seguintes exceções:
1ª. Quando o [e] e o [nem] estiverem repetidos na frase (enumeração). Em figura de linguagem a sucessão do [e] chama-se polissíndeto:
● Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
● Os Ônibus, e os automóveis, e os caminhões deveriam poluir menos.
● Ela não era bela, nem elegante, nem culta.
● Ninguém foi com ele, nem o pai, nem a mãe, nem o filho.
2ª. Quando orações ligadas pela conjunção [e] tiverem os sujeitos diferentes, e se pode subentender uma pausa na leitura:
● O menino não se mexeu, e Paulo desejou matá-lo.
● À noite não acabava, e às vezes a miséria se reproduzia.
3ª Quando se deseja como recurso estilístico, realçar, dar ênfase, a uma afirmação ou oração iniciada pela conjunção [e] [ou] e [nem], ocasião em que a pausa é mais forte: Deitara-se cedo, e sonhou.
● Em todo caso repugnava-lhe a ideia de recuar, e foi andando.
● É melhor sairmos logo, ou não?
● Afinal, o chefe é ele, ou são vocês?
● Não mudo de opinião, nem que me matem!
► Havendo ênfase maior, costuma-se também usar o travessão, como se pode ver nestes exemplos:
● A teimosia recusava os conselhos – e estava ali.
● Resisti, ele teimou – e o resultado foi em desastre.
4ª. Para separar as orações coordenativas sindéticas alternativas:
● Façam mais gols, ou perderemos o jogo.
● Diga agora, ou cale-se para sempre.
● Procure chegar cedo, ou não conseguirá a vaga.
● Vou ter a maior surpresa, ou estou enganada? ®Sérgio.
Tópicos Relacionados: (clique no link)
A Vírgula Entre Orações Coordenadas.
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Para maiores informações a respeito do assunto ver: Cegalla, Domingos Paschoal, Novíssima Gramática da Língua Portuguesa; Editora Nacional, 2005.
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