Uso do ponto e vírgula
Para começo de conversa, esqueça esse negócio de que o ponto e vírgula é “uma pausa maior que a da vírgula e menor que a do ponto”. Trata-se de um sinal que se convencinou usar em determinadas circunstâncias. Nada além. Emprega-se o ponto e vírgula nos seguintes casos:
A – para separar os itens de uma enumeração (lei, decreto, portaria, etc.):
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I- ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que não tiveram acesso na idade própria;
II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
...e assim vai.
B – para separar orações coordenadas assidéticas de sentidos opostos:
Um estuda e trabalha regularmente; o outro não passa de um vadio.
Eu conheço a verdade; você, não.
Pedro e Paulo partirão imediatamente; os outros permanecerão na fazenda.
C – para separar orações coordenadas sindéticas quando o conectivo aparece deslocado:
Ele trabalha regularmente; não produz, contudo, nada que se aproveite.
Eu não estava na cidade; não vi, portanto, o acidente.
O jantar está servido; jantemos, pois.
Observe que, nos três casos, os conectivos (contudo, portanto e, pois) estão deslocados.
D – para separar orações coordenadas assindéticas, em períodos longos, onde já existam muitas vírgulas:
O trânsito travou a cidade, começou a chover, os motoristas perderam a paciência; foi uma noite de caos e desespero.
Fonte:http://oficinadapalavra-pi.com.br