APRENDENDO COM A NEUROLINGUÍISTICA (Redação)

Os livros de Neurolinguística mencionam os três tipos de canais pelos quais processamos nossos conhecimentos: visual, auditivo e cinestésico (outras sensações). Veja esse trecho de Chico Buarque:

“Cada paralelepípedo / da velha cidade / esta noite vai / se arrepiar...”

Ora, fazer um paralelepípedo se arrepiar só pode ser coisa de quem procura sentir sensações, de um cinestésico.

Se você é um visual, seu texto apresentará imagens e cores e será ótimo para atingir outros visuais. No entanto você não estará se comunicando eficientemente com os auditivos e cinestésicos. Por isso, procure misturar os temperos de seu texto, produzindo também imagens sonoras e sensitivas. Faça como em alguns anúncios publicitários, que exploram todas essas características através de músicas, imagens e sensações.

A Neurolingüística trata também de outros modos de as pessoas processarem as informações:

a) semelhanças/diferenças: uns buscam numa informação a semelhança com outras já conhecidas e assimiladas; outros, procuram verificar o que de diferente ela acrescenta.

b) detalhes/visão geral: uns dão uma olhada “por cima” no que se apresenta diante de si; outros, buscam guardar e absorver os diferentes detalhes. Compare os textos de Eça de Queirós com os de Graciliano Ramos.

São estratégias que você poderá utilizar para desenvolver suas ideias e ser melhor entendido, levando em conta o tipo de destinatário. Poderá, por exemplo, aproximar a idéia de analfabetismo à sensação de deparar-se com uma língua estrangeira; ou diferenciar o hábito da leitura do apego ao audiovisual, etc. Aprenda com a neurolingüística.

Hilton Gorresen
Enviado por Hilton Gorresen em 22/09/2009
Código do texto: T1824445
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