A Língua Portuguesa Brinca Conosco VIII - Discriminar por SEXO?
Advento do feminismo – SER ou SEXO
Com o advento do feminismo, ai por volta da década de sessenta ou setenta, ocorreram mudanças radicais na forma de falar e grafar gerado por esse movimento feminista. (Feminismo: a luta da mulher pela igualdade perante os homens), esse movimento com o decorrer dos anos, gerou essa forma de falar e grafar. Vemos hoje, textos grafados com relacionamentos pessoais discriminados da seguinte forma: senhores (a), amigos (a), companheiros (a) etc.
Essa forma de grafar é totalmente fora da ética, se queremos discriminar por sexo, devemos grafar da mesma forma que falamos, senhores e senhoras, amigos e amigas, doutores e doutoras, correligionários e correligionárias, etc.: é válido observar que eu disse ser fora de ética. E qual é o por quê? O tema é SER ou SEXO. Ao falar para um grupo de pessoas de ambos os sexos, eu falo ao SER como um todo, (o homo-sapiens). Assim: se falamos – amigos e amigas – estamos a discriminar pelo sexo, mas o que é o sexo afinal? O sexo é um minúsculo órgão do corpo, uma minúscula parte de um todo.
Outrossim: será mesmo possível e correta a forma que eu indiquei no exemplo? Eu digo que não. Isso porque há uma ética a gerenciar esse tema, a exemplo do nosso ex-presidente João Figueiredo ao discursar, ele falava, brasileiras e brasileiros, ele nunca falava brasileiros e brasileiras. Aí está à ética ou etiqueta do tema em pauta, o orador bota o feminino seguido do masculino, a oradora faz o inverso, logo, o que eu grafei no exemplo acima: senhores e senhoras; está errado, pois eu sou masculino e devo grafar senhoras e senhores, mas eu sempre prefiro falar e grafar de acordo com o SER e não com o SEXO. Prefira você também. Abandone definitivamente o modo entre parêntese.
Obs.: João Figueiredo foi o único até hoje que eu ouvi falar dentro dessa ética.
Raimundo chaves: 04/08/2009