RUIM: COMO FALO - RÚIM OU RUÍM?
O meu problema com o "ruim" surgiu após um segundo curso que abordou a mesma questão, de forma diversa.
Nunca antes havia pensado como pronunciar a palavra: apenas falava.
O primeiro professor enfatizou a tonicidade da sílaba "ru", afirmando que o contrário seria criação dos cariocas.
No curso seguinte, o mestre asseverou que a sílaba tônica da palavra é "im", e que o inverso é simples "carioquês".
Entre um e outro, fiquei pior.
Daí pesquisei e evitei - o quanto pude - utilizar o vocábulo, na incerteza de pronunciá-lo, até que viesse a certeza.
Quando impossível evitá-lo, nascia a palavra, trêmula e gaga.
Agora, digo ru-ím, com ênfase.
O acento fonético está na sílaba “im”. Assim como ruir, ruína, Caim, raiz, Paim. São exemplos de hiatos, e é importante, sim.
A coisa não é: “falo como eu quero”. Tem aquela que, respondendo e-mails, em uma única mensagem escreveu, por três vezes “ediota”. Derivado: “ediotice”.
Uma impropriedade mostra falta de cultura e pode comprometer a credibilidade de quem fala. Depende do lugar onde se fala, ...
CONTRAPONTO
Ruivo, intuito, fluido, gratuito e circuito: a tonicidade está na letra “u”, embora o povo acentue o “i”.
Não existe gratuíto nem fluído.
(texto originariamente postado em http://redacaoescola.blogspot.com/)
Maria da Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.
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