ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Pra unificar a escrita,
do grande mundo lusófono,
fez-se convenção estrita,
que iguala o expressar isófono.
Brasil, Portugal e outros
assinaram o tratado,
que fará com que aqueloutros
reconheçam o acordado.
Países de lusa fala
agora escrevem igual
e isso lhes dá mais gala
no contexto mundial.
Pequenas alterações
de como escrever morfemas
que têm modificações
na locação dos grafemas.
Patrick, Willy, Kaká
já se considera certo:
ipsílon, dáblio e cá
retornam ao alfabeto.
Já não se trema linguiça,
rege a nova ortografia;
pingar o U só enguiça
a boa caligrafia.
Eu por mim já estou tranquilo
quanto ao trema sobre o U;
não é necessário aquilo
pro tremelir qual jambu
Ureia, jiboia, joia,
sai acento em E e O;
baiuca, feiura – boia
o sinal do U sem dó.
Mas continua em herói
e em tônicas finais
de E e O, como em rói
léu, céu e demais.
E o chapéu de voo e leem
agora já não mais tem;
abençoo, creem, veem
ficam sem chapéu também.
Mas prossegue em pôde e pôr,
pra não confundir com pode
nem com a preposição por
e já não nos incomode.
O hífen tem bem mais fácil
a regra do seu emprego;
o termo fica mais grácil
diminui o escorrego.
Sendo assim a lusa língua,
das mais faladas do mundo,
cresce em prestígio, não míngua,
esse idioma jucundo.
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Médico e Escritor. SOBRAMES/ABRAMES
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