ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Pra unificar a escrita,

do grande mundo lusófono,

fez-se convenção estrita,

que iguala o expressar isófono.

Brasil, Portugal e outros

assinaram o tratado,

que fará com que aqueloutros

reconheçam o acordado.

Países de lusa fala

agora escrevem igual

e isso lhes dá mais gala

no contexto mundial.

Pequenas alterações

de como escrever morfemas

que têm modificações

na locação dos grafemas.

Patrick, Willy, Kaká

já se considera certo:

ipsílon, dáblio e cá

retornam ao alfabeto.

Já não se trema linguiça,

rege a nova ortografia;

pingar o U só enguiça

a boa caligrafia.

Eu por mim já estou tranquilo

quanto ao trema sobre o U;

não é necessário aquilo

pro tremelir qual jambu

Ureia, jiboia, joia,

sai acento em E e O;

baiuca, feiura – boia

o sinal do U sem dó.

Mas continua em herói

e em tônicas finais

de E e O, como em rói

léu, céu e demais.

E o chapéu de voo e leem

agora já não mais tem;

abençoo, creem, veem

ficam sem chapéu também.

Mas prossegue em pôde e pôr,

pra não confundir com pode

nem com a preposição por

e já não nos incomode.

O hífen tem bem mais fácil

a regra do seu emprego;

o termo fica mais grácil

diminui o escorrego.

Sendo assim a lusa língua,

das mais faladas do mundo,

cresce em prestígio, não míngua,

esse idioma jucundo.

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Médico e Escritor. SOBRAMES/ABRAMES

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Sérgio Pandolfo
Enviado por Sérgio Pandolfo em 22/04/2009
Reeditado em 12/09/2009
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