"DE O" ou "DO"?
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Descomplicando a Língua
Na língua oral, ou seja, na fala a tendência é fazer a fusão: [do ou da]. Com efeito, é impossível resistir à tentação de fundir de + a/o.
Muitos estudiosos e ótimos autores consideram "do, da" um fato mais que consagrado, sobretudo na fala. O que nos leva a concluir ser um caso facultativo, isto é, tanto faz um ou o outro.
Entretanto, se você quiser ser, absolutamente, lógico, a gramática diz que a preposição [de] não se funde com o sujeito do infinitivo (forma nominal do verbo). Observe a seguinte frase:
• Está na hora de o candidato falar.
Qual é o sujeito do infinitivo [falar]? Só pode ser quem irá falar, isto é, o candidato. Se o sujeito é "o candidato" a preposição [de] não faz parte do sujeito e, portanto, não pode fundir-se com o artigo [o]. Do mesmo modo:
• No caso de o programa se alterar...
• É hora de a festa acabar.
• Chegaram antes de a agência abrir.
O mesmo caso se aplica aos pronomes pessoais:
• Eu cheguei na hora de ele sair.
• É hora de ele fechar.
• Eu cheguei antes de ela sair.
Quem vai sair? Só pode ser [ele]. Se o sujeito é "ele" a preposição [de] não faz parte do sujeito e, portanto, não pode fundir-se com o pronome [ele].
Cabe lembrar que, esse caso, não tem nada a ver com os outros casos de fusão da preposição com os artigos [o, a, os, as], ou com os pronomes [ele, ela, eles, elas]. Por exemplo:
• A casa dele foi invadida pelos ladrões.
• O computador da escola está na oficina.
Ninguém irá dizer ou escrever: A casa de ele foi invadida..., ou: O computador de a escola está na oficina. ®Sérgio.
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Nota: Este texto não é obra de um mestre da língua portuguesa, e sim de alguém que aprendeu com eles. Assim, se houver omissões e erros (inclusive de português), relate-me e terei o máximo prazer em lhe dar crédito.
Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!