Uma proposta para as regras de acentuação da língua portuguesa (justificativa)
Qualquer modificação nas regras ortográficas consiste em incômodo que só deve ser tolerado caso acarrete mais vantagens que percalços.
Em pouquíssimas palavras, a linguagem existe para promover a comunicação; os acentos, para facilitar a leitura. Sabemos que é possível construir uma escrita que não incorpore acentos, o que, à primeira vista parece simplificar a grafia da língua, no entanto, uma breve reflexão demonstra que o uso de acentos pode facilitar a leitura, determinando com precisão a sonoridade da palavra grafada.
Penso que seria muitíssimo desejável que qualquer palavra grafada em português pudesse ser lida e pronunciada, mesmo que o leitor nunca a tivesse ouvido. Isso inclui não apenas a tonicidade da palavra, como a sonoridade das vogais, que muitas vezes não fica explícita, como em “ele”, pronome, ou “ele”, a letra.
Também me parece óbvio que as melhores regras de acentuação possíveis seriam as mais simples.
É com ambos os propósitos em mente que proponho as regras apresentadas em textos anteriores aqui no recanto.