Seja Bem-vindo sr. Benvindo.
É mesmo lamentável.Nos sentimos estrangeiros dentro da nossa própria casa. " A não ser mero capricho ortográfico ( em grande parte, o sistema de 1943 foi elaborado para quem não aprendeu a ler ) não há razões que nos obriguem a escrever separados os elementos, como não escrevemos separadamente malbaratar, malcontente, malfadar, malfazer. O mesmo se diga do antônimo bem-estar, que unidos poderia ter seus componentes como unidos os tem benfazer, benquerença. É desconcertante para um professor ter de ouvir de estrangeiros perguntas como estas: Por que bem-vindo com m e hífen e o nome próprio Benvindo sem nenhum enfeite? Por que com m e hífen bem-feito, bem-fazer, bem-ditoso, e com n e sem hífen benfeitor, bendizer?( O vocabulário ortográfico oficial de Portugal chega a extravagância - o do Brasil silenciou a respeito...."
Vamos ouvir novamente o dr. Napoleão: " A não ser mero capricho ortográfico". Portanto, minha cara, se os caprichos dos atuais " reformadores" não falou mais alto, o certo é benvindo.
Mas se houve total silêncio para o caso, cumpre-se o capricho ortográfico de 43: - Seja bem-vindo sr. Benvindo. E toca tentar justificar para o estrangeiro o que nós mesmos não conseguimos entender, uma vez que se trata de " mero capricho ortográfico". Dicionário de Questões Vernáculas, pág. 183 e pág. 39: "Bem .... É o hífen um dos sinais mais antipáticos de nossa escrita".
Então a todos dou um conselho: Comprem o Dic. de Questões Vernáculas do dr. Napoleão Mendes de Almeida. Prof. de grego,latim e português.Estudem com a equipe dele.
Nenhum tesouro do mundo vale mais do que um bom conselho.
Ao adquirir o dic. de Caldas Aulete ( substituto de Morais );o de Latim/Português de Francisco Torrinha aconselhado por meu amigo e saudoso professor, o dr. Napoleão Mendes de Almeida; ao adquirir sua Gramática Latina e ao concluir com ele meu curso de português, tornei-me certamente um homem riquíssimo.