Acento Tônico e AcentoGráfico: algumas considerações
Lecionando Língua Portuguesa, entendo uma dificuldade dos alunos: distinguircomprecisão a sílabatônica dos vocábulos. Isso tem uma conseqüência: impede-os de usarcorretamente o acentográfico. Poressemotivo, sempreantes de ensinar as regras de acentuação gráfica, eu “treino” seusouvidospara encontrarem a sílabatônica. Há que se fazerem exercíciosorais, uma vezque a tonicidade só se ouve. É umtrabalhoárduo, mas os frutossãocompensadores.
Esse assuntoveio à bailaporcausa das modificações que ocorrerão na nossalíngua, a partir de 2009 e devido a uma perguntaqueme fazem seguidamente: “Mas os acentosnãovãocair?” E a resposta fica complicada, porque, primeiro temos quedesfazer a idéia de que os acentosvãocair, paradepoisexplicar o quemuda. E vem a observação: “Sóisso!?”.
Desse modo, paraque se possa entendercomoeu minimizo umpoucoesteproblemaque aflige quemensinanossatão maltratada língua, resolvi escrever os passosque sigo, quandoensino acentuação gráfica. Talvez ajude algunsalunos e autodidatas.
Comecemos peloacentotônicoparadepois chegarmos ao acentográfico, uma vezquesó colocamos acentográfico nas vogaistônicas.
Convém ressaltar, emprimeirolugar, queacentotônico e acentográficosãodiferentes.
Acento tônico é o que recai sobre a sílabatônica, que é a sílaba pronunciada commaisintensidade e só é distinguida na fala. A sílabatônicanemsempre é acentuada graficamente. Nos exemplosque seguem, a sílabatônica está emvermelho:
Jan-tar; ar-má–rio; me-tó-di-co; ci-ca-triz; mo-men-to.
Acento gráfico é umsinalque se coloca emalgunsvocábulos, segundoregras estabelecidas pelagramática. Note-se que é “gráfico”, logosó se usa na escrita.
Quanto à acentuação gráfica, houve alterações em algumas regrascom o acordo ortográfico que fizeram os paísesque falam a língua portuguesa e que passará a vigorar a partir de 2009.
Isso compreendido, o próximopasso é explicarcomo se classificam os vocábulosquanto ao acentotônico, sobre o que escreverei e publicarei outrotexto.
Referência
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 46. ed. São Paulo: EditoraNacional, 2005.