Saudade

Mote

Serei um pouco do nada

Invisível, delicioso

Mario Quintana

Glosa

Ao fim d'última chama acesa

Talvez a dor que sinto agora

Na eternidade adormeça

Sacra, calma e silenciosa

Posto que ao tempo esta dor seja

Qual pétala ao vento levada

Lembranças nossas desse jeito

no silêncio das madrugadas

Num suave perfume -afago

Qual brisa aroma n’alma sinta

O que palavras nem define

Aí! Como dói esta saudade!

Inda que ao vento ouça teu riso

Ao longe meu olhar e tanto

"Serei um pouco do nada"

“Invisível, delicioso “.