Não subestime o matuto pra não ter decepção
Da nossa vida matuta
Nasceu um Rogaciano
Um João paraibano
Que viveram nesta luta
E fizeram da labuta
Sua grande inspiração
Quando foram pro caixão
O nordeste vestiu luto
Não subestime o matuto
Pra não ter decepção
Quem de nós faz pouco caso
Pelo nosso linguajar
Não ouviu Dimas cantar
Que nunca rimou no raso
Pra cultura por acaso
O que tú fez cidadão?
Quem te deu a permissão
Pra falar do nosso fruto?
Não subestime o matuto
Pra não ter decepção
Maior do que Patativa
Que Geraldo e que Valdir
Se tú quiser competir
Pode juntar comitiva
A poesia é alma viva
Daqui do nosso torrão
Pode esconder seu carrão
Que eu prefiro o povo bruto
Não subestime o matuto
Pra não ter decepção