A dança dos lebistes
As ondas se movimentam
Como a dança dos lebistes
Ermitões não ficam tristes
Com a solidão que enfrentam
Os nautilus se orientam
Em soturna profundeza
Na oceânica grandeza
Todo ser é navegante
Como é belo e fascinante
O poder da natureza.
Pelicanos e fragatas
São pescadores alados
Véus noturnos são rasgados
Pelas corujas pacatas
Solitárias e autocratas
Harpias impõem rudeza
O céu nos sopra a certeza
Que a vida é um voo constante
Como é belo e fascinante
O poder da natureza.
Do paladar viperino
Fogem muitos animais
Com danças e rituais
Dois teiús selam destino
Na poça corre um girino
Entre o predador e a presa
Brutalidade e leveza
Tornam a vida oscilante
Como é belo e fascinante
O poder da natureza.