EM MEU QUARTO, TEÇO O VENTO.
MOTE
Em meu quarto, teço o vento.
Ignoro se são remotas as minhas lágrimas
ou se estão guardadas ao lado de amarelas fotografias,
junto aos dedais e agulhas que soluçaram.
Mía Gallegos, tradução de Floriano Martins (Costa Rica)
GLOSA
Em meu quarto, teço o vento
e amplio conhecimentos,
através de boas leituras,
para seguir minha caminhada.
Nem tudo é fácil, mas vencerei os obstáculos.
Ignoro se são remotas as minhas lágrimas.
Optei pela literatura e pela escrita criativa,
jornada cultural que muito irá exigir de mim.
Não sei ao certo o que fiz! Dúvidas!
Certas produções, ou as destruí de propósito,
ou se estão guardadas ao lado de amarelas fotografias.
Creio que só o tempo mostrará onde estão!
Resgate do passado, às vezes, é amor e ternura;
noutras, desilusões mágoas e tristezas.
Poemas sensuais, joguei na caixa de costura de vovó,
junto aos dedais e agulhas que soluçaram.