Minha alma é triste
Mote
Minha alma é triste como a flor que morre
Pendida à beira do riacho ingrato;
Nem beijos dá-lhe a viração que corre,
Nem doce canto o sabiá do mato!
(Casemiro de Abreu)
Glosa
Ah! Qual ave sem céu, sem voo , sem norte
“Pendida à beira do riacho ingrato”;
A vida , a vida as vezes é n’aurora
Sentida mais distante e mais desaba
na dor d’alma que sente o coração
“Nem beijos dá-lhe a viração que corre”,
Apenas o silêncio e solidão
Quando a lágrima descuidada escorre
“Nem doce canto o sábia-do mato”!
D’alma tal sentimento não desata
Aí! Que eu te diga a mais nesta hora só
“Minha alma é triste como a flor que morre”.
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Belíssima Interação
INQUIETUDE DA ALMA
Ao vivermos sentires tão intensos,
Nosso espírito em luz se desdobra,
E que sou feito dela, me convenço,
Porque temos evidências de sobra...
O meu desejo de procura é imenso,
Pra que me conheça, a alma cobra,
Ao vivermos sentires tão intensos,
Nosso espírito em luz se desdobra,
Formando o cosmos que pertenço, Da essência primordial, é sua obra... O meu desejo de procura é imenso,
Pra que me conheça, a alma cobra,
Já que crer no UNO, sou propenso, E Deus em si, por amor, nos dobra, Formando o cosmos que pertenço, Da essência primordial é sua obra... E que sou feito dela, me convenço,/ Porque temos evidências de sobra...
(Jacó Filho )